
Ouça este conteúdo
Ao comentar sobre a pressão de partidos da base aliada por mais espaço no governo e sobre o debate a respeito de um eventual desembarque de siglas da base, o ministro do Desenvolvimento Social (MDS), Wellington Dias (PT-PI), disse que alguns líderes do centrão “cospem no prato que comeram.”
“A gente já contou com vários líderes destes partidos na eleição do presidente Lula. Eu estou bastante animado que em 2026 nós vamos ter em cada Estado uma quantidade ainda maior desses líderes [...] Tem muita gente que se acostumou a tirar proveito de participar de um governo e depois cuspir no prato que comeu, como se diz no popular. Mas tem muita gente séria”, afirmou Dias em entrevista concedida ao jornal Valor Econômico, neste domingo (9).
A ameaça de desembarque do governo partiu primeiro do presidente do PP e ex-ministro do governo Bolsonaro, Ciro Nogueira (PI).
Recentemente, Nogueira disse que o novo ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo, o publicitário Sidônio Palmeira, “está acabando” com o presidente Lula (PT) ao deixá-lo à vontade para falar em público.
Ainda, segundo Nogueira, o seu partido deverá “desembarcar” do governo Lula se a reforma ministerial tocada a conta-gotas incluir a indicação do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) para alguma pasta.
Apesar de ser oposição, o PP ocupa uma pasta no governo petista com o ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA).
Wellington Dias diz não acreditar que seu cargo será afetado pela reforma ministerial
Mesmo com a pasta sendo cobiçada por outros partidos, principalmente pelo PSD, o ministro Wellington Dias diz que, pelo que conhece do presidente Lula (PT), o seu cargo não entrará nas negociações políticas.
“O presidente Lula tem autorização do povo para a mudança que ele quiser, mas, conhecendo como eu o conheço, o MDS não entra em negociações políticas, é o coração do seu governo. Por isso, sei o peso da minha responsabilidade”, afirmou Dias.
De acordo com o ministro, Lula não está realizando uma “reforma” nos Ministérios, mas, apenas “mudanças pontuais vinculadas à estratégia de melhor resultado com vistas a 2026.”
“A primeira montagem do governo era para garantir governabilidade, aprovação de importantes mudanças, como aconteceu em 2023 e 2024: a reforma tributária, vários projetos sociais. Agora, além da governabilidade, também é levada em conta a organização do time para as eleições de 2026”, disse.
VEJA TAMBÉM:








