Uma professora de história do Distrito Federal apoiadora do presidente Lula (PT) foi presa na tarde desta segunda-feira (8) na área externa do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) durante a realização do ato chamado “Democracia Inabalada”, organizado pelo governo Federal, STF e presidência do Congresso em alusão aos protestos do dia 8 de janeiro de 2023. O evento ocorria no Salão Negro do Congresso Nacional, bem próximo ao local onde a prisão foi efetuada.
Agentes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foram acionados porque a mulher, que possuía em seu carro um adesivo da campanha de Lula nas eleições do ano passado, estava agredindo policiais judiciários, segundo testemunhas que presenciaram a cena. Segundo os policiais militares, a professora estava ameaçando contaminar o ambiente com antraz, um agente biológico utilizado em ataques terroristas.
Dentro do veículo da mulher, os agentes localizaram um spray de pimenta e uma máquina de choque. A presa, que também praticou o crime de desacato contra os policiais militares e judiciários, foi conduzida à 5ª Delegacia de Polícia Civil. O caso, posteriormente, foi encaminhado à Polícia Federal (PF).
Em 2014 a professora, que já foi candidata a deputada distrital pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), protagonizou outra cena de violência ao agredir um grupo de jovens eleitores do PSDB no estacionamento da Universidade de Brasília (UnB).
Nenhum dos atores que discursaram no “ato democrático” organizado por Lula, que defenderam um combate com tolerância zero à violência contra as instituições, manifestou-se sobre a agressão cometida pela apoiadora do presidente com ameaça de uso de arma biológica – que na verdade se tratava de um spray de pimenta.
Após pedido de posicionamento, a Secretaria de Educação do Distrito Federal enviou a seguinte nota à Gazeta do Povo:
"A Secretaria de Educação informa que até o momento não recebeu, oficialmente, o documento relativo à reclusão da servidora. Dessa forma, tão logo seja oficializada essa situação, o documento será encaminhado para a Corregedoria da Educação para que sejam devidamente apurados os fatos e verificada a possível ocorrência de infração correcional, de acordo com a Lei Complementar nº 840/2011".
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