O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse nesta terça (13) que a ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que corre na Corte Eleitoral caiu na “vala comum”, e que o julgamento marcado para o próximo dia 22 seguirá a “lei e a Constituição”.
Segundo o ministro, a análise não terá um caráter diferenciado e vai seguir o rito constitucional. “Chegou isso para julgar, nós vamos julgar. Independentemente do resultado, o TSE vai cumprir a sua missão. A Justiça Eleitoral sempre foi célere, até porque os prazos são diferenciados, e tudo que chega é julgado”, disse em um evento promovido pela revista Piauí em registro da Jovem Pan.
O ministro afirmou que o caso foi enviado em um bloco de processos pelo ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral eleitoral, para ser votado neste mês. “Não seria esse o caso, por envolver um ex-presidente, que eu tiraria esse caso. Vou esperar um momento propício? Não. Entrou na vala comum. Não há escolha de processo, todos que são liberados [pelos relatores] são pautados”, completou.
O ex-presidente é alvo de um processo que apura o uso da TV Brasil e das redes sociais para transmitir a reunião com embaixadores realizada em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para questionar o sistema eletrônico de votação. Se for condenado, Bolsonaro ficará inelegível por oito anos e não poderá disputar as próximas eleições.
Na semana passada, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, disse que o TSE vai “cometer um crime” se condenar Bolsonaro. De acordo com ele, o ex-presidente não deu motivos para ser alvo deste tipo de decisão.
“Ele [Bolsonaro] proibido de ser candidato só pelo que ele falou? Não porque cometeu uma ilegalidade? Isso vai ficar muito ruim para o Judiciário”, completou Costa Neto na ocasião.
-
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
-
Relatório americano divulga censura e escancara caso do Brasil ao mundo
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Contra “sentença” de precariedade, estados do Sul buscam protagonismo em negociação sobre ferrovia
Câmara de São Paulo aprova privatização da Sabesp com apoio da base aliada de Nunes
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Governo Tarcísio vê sucesso na privatização da Emae após receber três propostas
Deixe sua opinião