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Um dia depois de ver a popularidade ainda em derretimento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também vem perdendo a vantagem que tinha sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma eventual disputa eleitoral em 2026, de acordo com uma nova rodada da pesquisa Quaest de intenção de votos divulgada nesta quinta (3).
Bolsonaro e Lula estão tecnicamente empatados na margem de erro em uma disputa de segundo turno em 2026, embora o ex-presidente siga inelegível pela Justiça Eleitoral até 2030:
- Lula (PT): 44%;
- Jair Bolsonaro (PL): 40%;
- Não sabe: 3%;
- Branco/nulo/não vai votar: 13%.
A Quaest ouviu 2.004 pessoas entre os dias 27 e 31 de março. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
O aumento da vantagem de Bolsonaro já encostando em Lula ocorre em meio à queda da popularidade do petista principalmente por conta da inflação dos alimentos, apontada como um dos principais problemas dos brasileiros junto da segurança pública.
Por outro lado, apesar da perda de vantagem sobre Bolsonaro, Lula ainda sai na frente na comparação com outros candidatos apontados como alternativas da direita. Isso, na avaliação de especialistas, mostra a força do capital político do ex-presidente. "A oposição não conseguiu traduzir toda a insatisfação com o governo em voto de mudança", disse Felipe Nunes, CEO da Quaest.
Em uma eventual disputa contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), Lula ganharia em segundo turno, mas com uma vantagem apertada:
- Lula (PT): 44%;
- Michelle Bolsonaro (PL): 38%;
- Não sabe: 3%;
- Branco/nulo/não vai votar: 15%.
Já em uma disputa com o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), apontado como a principal alternativa a Bolsonaro, Lula também ganharia com uma vantagem apertada:
- Lula (PT): 43%;
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 37%;
- Não sabe: 4%;
- Branco/nulo/não vai votar: 16%.
Também foram apurados cenários de segundo turno com Lula disputando com os governadores Ratinho Jr. (PSD-PR), com 35%; Romeu Zema (Novo-MG), com 31%; e Ronaldo Caiado (Uniãio-GO), com 30%.
A Quaest também apurou como seriam as votações de Pablo Marçal (PRTB-SP), com 35%, e com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), com 34%.
Alternativas para a direita
Outro apontamento da nova rodada da Quaest mostra a preferência dos eleitores sobre os possíveis substitutos de Bolsonaro na direita caso seja mantida a inelegibilidade para a disputa de 2026:
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 15%;
- Michelle Bolsonaro (PL): 14%;
- Pablo Marçal (PRTB): 11%;
- Ratinho Júnior (PSD): 9%;
- Eduardo Bolsonaro (PL): 4%;
- Romeu Zema (Novo): 4%;
- Ronaldo Caiado (União): 4%;
- Eduardo Leite (PSDB): 3%;
- Outros: 1%;
- Nenhum desses: 19%;
- Não sabem/não responderam: 16%.
E, ainda, sobre o temor da população sobre a polarização entre Bolsonaro e Lula:
- Bolsonaro voltar ao governo: 44%;
- Lula continuar na presidência: 41%;
- Tenho medo dos dois: 6%;
- Não tenho medo de nenhum dos dois: 4%;
- Não sabe/não respondeu: 5%.
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Rejeição
Lula e Bolsonaro também tem a mesma rejeição de 55%, além de um empate técnico sobre a aprovação – 41% para o petista e 39% para o ex-presidente.
Lula, no entanto, teve o maior crescimento da rejeição entre a pesquisa de fevereiro e a de março, de 6 pontos percentuais. Já Bolsonaro variou apenas 2 pontos.
Já Michelle Bolsonaro tem uma rejeição de 48% e uma aprovação de 30%. Veja, abaixo, como está a relação de rejeição e aprovação dos demais possíveis candidatos sugeridos pela Quaest:
- Tarcísio de Freitas: 32% a 26%, respectivamente;
- Eduardo Bolsonaro: 56% a 23%;
- Pablo Marçal: 45% a 22%;
- Ratinho Jr.: 29% a 20%;
- Romeu Zema: 24% a 15%;
- Ronaldo Caiado: 26% a 11%.








