Em disputa para atrair o eleitorado de centro-direita, o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o governador de São Paulo, João Doria, vão medir pela primeira vez o peso político de um contra o outro nas eleições municipais desse ano. Ambos fizeram fizeram campanha juntos em 2018 sob o slogan "BolsoDoria". Mas, agora, quem terá a capacidade de influenciar mais o voto para prefeito de São Paulo?
Levantamento do Paraná Pesquisas, divulgado na última sexta-feira (10), revela que, se a eleição fosse hoje, Bolsonaro (sem partido) teria mais força que Doria (PSDB) para alterar a opinião dos eleitores paulistas nas urnas.
Bolsonaro, que ainda não declarou a quem dará seu apoio, tem poder de influenciar na escolha de um candidato, seja ele quem for, para quase 60% dos entrevistados. Desses, 18% votariam no candidato indicado pelo presidente, contra aproximadamente 39% para os quais essa possibilidade se reduz. Já 40% dos eleitores afirmam que a opinião de Bolsonaro não vai interferir.
A capacidade de Doria de mobilizar votos é considerada menor que a de Bolsonaro. O governador de São Paulo apoia a reeleição do prefeito Bruno Covas (PSDB), que lidera as pesquisas com quase 23% das intenções. Covas assumiu a prefeitura em 2018 quando Doria se elegeu governador.
Apenas 16% dos eleitores paulistanos afirmam que o apoio de Doria vai aumentar as chances de voto em Covas. Para cerca de 34% o resultado é o oposto: o sustento do governador afugenta os eleitores do prefeito. Para 46% dos entrevistados, o apoio de Doria não altera o cenário.
Bolsonaro e Doria vão de aliados a adversários no campo político
Alinhados na campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro e Doria começaram a se distanciar depois da eleição. O tom das críticas foi subindo ao longo de 2019 até que a pandemia escancarou o conflito entre os dois.
Apesar da postura diferente em relação ao coronavírus, Bolsonaro e Doria compartilham uma imagem negativa entre os paulistanos: 57% dos entrevistados desaprovam a gestão do presidente e 52% a do governador. Bolsonaro radicaliza mais as opiniões: quase 28% consideram bom ou ótimo o governo federal contra 46% que julgam ruim ou péssimo. Já o governo Doria é avaliado como ruim ou péssimo para 38% dos eleitores e bom ou ótimo para 23%.
O presidente sofre a maior rejeição entre os jovens de 16 a 24 anos (68%) e entre as pessoas com ensino superior (66%). Já no caso do governador, a avaliação negativa sobe nos eleitores que têm entre 35 a 44 anos (56%) e nas pessoas com ensino superior (56%).
Covas vai na contramão: 53% avaliam positivamente a gestão do prefeito, sendo que 34% dos entrevistados a consideram boa ou ótima; para 30% é ruim ou péssima. A aprovação é maior entre as pessoas com mais de 60 anos (59%) e os eleitores com nível educacional mais baixo (59%).
Metodologia: A pesquisa ouviu 1.200 pessoas entre 4 e 8 de julho e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o n.º SP-06382/2020. A margem de erro é de 3%.
Plano do governo Lula para segurança tem 5 medidas que podem aumentar a criminalidade
Moraes quis prender executiva do X e Caiado homenageia ministro; acompanhe o Entrelinhas
Oposição conta com pressão popular para viabilizar pedido de impeachment de Moraes
Bolsonaro e Lula entram nas eleições municipais com estratégias diferentes
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião