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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta (25) que o Supremo Tribunal Federal (STF) está criando o que seria um “ambiente” para reeleger o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2026. Embora ainda não tenha cravado uma candidatura, o petista vem sinalizando essa intenção – o partido reafirma que ele é a única opção.
Bolsonaro diz que há um cenário semelhante ao que ocorreu em 2022, em que decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiram que campanhas adversárias vinculassem Lula a ditaduras.
“Se, de acordo com decisão final do que Supremo já decidiu, realmente vai ser complicado as eleições do ano que vem. Se prepara um ambiente, se Lula vier candidato, ele ser reeleito. Porque não vai ter qualquer contestação”, disparou Bolsonaro em entrevista à rádio AuriVerde Brasil, mas sem citar quais seriam essas novas decisões favoráveis ao petista.
Bolsonaro segue inelegível perante a Justiça e é réu no processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado. A expectativa é de que o julgamento ocorra ainda neste ano e, dependendo do veredicto, pode reforçar o impedimento de concorrer novamente à presidência da República.
Apesar de ainda não ter condições de concorrer na próxima eleição presidencial, Bolsonaro é citado em pesquisas de intenção de votos e, na mais recente do Paraná Pesquisas, aparece à frente de Lula com uma diferença de menos de 5%.
Por outro lado, o ex-presidente articula um candidato seu para concorrer ao Senado no ano que vem, que pode ser algum dos filhos. Bolsonaro afirma que está acontecendo uma perseguição a eles.
“Eduardo Bolsonaro talvez tenha dificuldade, porque ele tá no inquérito. Está atentando contra estado democrático de direito, conspirando contra instituições do Brasil. Doze anos de cadeia. Ou seja, não sabe o que vai acontecer com ele, mas pode se tornar inelegível”, disse.
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está licenciado nos Estados Unidos e o outro filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) foi indiciado recentemente pela Polícia Federal na investigação da chamada “Abin paralela”.








