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Operação da PF

“Ditadura escancarada”: oposição critica medidas impostas por Moraes contra Bolsonaro

Líder do PL cobra ação de Motta contra “concentração de poder” do STF
Líder do PL, Sóstenes Cavalcante, pontuou que imposição da tornozeleira ocorreu "sem crime, sem condenação, sem prova". (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

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A imposição de medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de acesso a redes sociais, gerou uma repercussão imediata e intensa entre parlamentares da oposição nesta sexta-feira (18).

A busca e apreensão realizada pela Polícia Federal (PF) na residência de Bolsonaro e no escritório do Partido Liberal (PL) foi vista por seus aliados como um ato de "perseguição política" e "humilhação", desencadeando uma série de manifestações de indignação e revolta.

As medidas determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), são amplas, incluíndo a proibição de manter contato com seu filho Eduardo Bolsonaro (PL), que está nos EUA, e também não pode se comunicar ou aproximar de embaixadores, diplomatas estrangeiros ou embaixadas.

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Primeiras reações

As postagens no X rapidamente ecoaram a insatisfação. O senador Jorge Seif Junior (PL-SC) afirmou que as ações contra Bolsonaro confirmam a alegação de Donald Trump de que um "regime" estaria perseguindo o ex-presidente no Brasil.

Seif questionou a motivação da operação da PF, apontando para uma ação do PT sob relatoria de Moraes e com parecer da PGR, visando proibir o uso de redes sociais, acesso a embaixadas e impor a tornozeleira.

A deputada Júlia Zanatta (PL-SC) classificou a medida como uma "demonstração de força contra o líder de oposição", sugerindo uma "coincidência" com o pronunciamento de Lula e reforçando a ideia de que "SOMOS TODOS BOLSONARO" se tornou uma frase ainda mais relevante.

Deputada considera ação contra Bolsonaro de inacreditável

A deputada Carol De Toni (PL-SC) considerou "inacreditável" que, após as declarações de Trump sobre as sanções ao Brasil, a perseguição a Bolsonaro e sua família se tornasse "ainda mais implacável". Para ela, isso "só confirma o estado de exceção que estamos vivendo".

O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) pontuou que a imposição da tornozeleira ocorreu "sem crime, sem condenação, sem prova", identificando o "delito" de Bolsonaro como "enfrentar o sistema". Cavalcante listou as proibições – como o uso de redes sociais, sair de casa à noite, falar com embaixadores e conversar com aliados – e classificou-as como "censura", uma "tentativa desesperada de calar quem ainda representa milhões". Ele contrastou a situação de Bolsonaro, "vigiado como bandido", com "corruptos que são soltos".

Oposição diz Bolsonaro está sendo tratado como criminoso

Outros parlamentares reforçaram o coro nas redes sociais. O vice-líder da oposição, deputado Sanderson (PL-RS), considerou as medidas uma "tentativa descarada de humilhar" o maior líder político do país, afirmando que "há um sistema disposto a tudo para calar quem representa milhões de brasileiros".

Rodolfo Nogueira (PL-MS) descreveu a situação como uma "vergonha para o Brasil", argumentando que Bolsonaro está sendo tratado como um "criminoso perigoso", enquanto "corruptos e delinquentes são soltos e aplaudidos", caracterizando uma "caça às bruxas" promovida por um Judiciário que, segundo ele, "perdeu completamente os limites".

Para o deputado Coronel Tadeu (PL-SP), as ações contra Bolsonaro são "desumanas e ilegais", violando seus direitos fundamentais, e o Judiciário se transformou em um "instrumento de vingança política".

Alerta de ruptura institucional

O deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM) alertou para um "momento crítico de ruptura institucional", afirmando que "Impor tornozeleira, censura e toque de recolher a um ex-presidente sem condenação é ditadura escancarada". Por fim, o deputado Rodrigo Valadares (União-SE) fez um apelo urgente para que o Congresso Nacional "reaja e ponha fim a esse ciclo de autoritarismo", classificando as perseguições como uma "vergonha internacional" e a decisão de Moraes como "humilhante, arbitrária e totalmente desprovida de base legal".

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