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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)| Foto: Reprodução/Youtube Jornal da Record

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria vetado o apoio do seu partido a candidatos do PSD, sigla comandada por Gilberto Kassab, atual titular da Secretaria de Governo e Relações Institucionais do governo de São Paulo, estado governado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), afilhado político de Bolsonaro.

A informação sobre o veto foi divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo (Estadão), nesta quarta-feira (14), a partir do vazamento de um áudio obtido pelo jornal.

A declaração de Bolsonaro teria sido feita em conversas sobre a eleição em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, mas segundo fontes teriam revelado ao Estadão, o veto se estenderia para todo o país.

“Deixo claro: PSD do Kassab eu não apoio ninguém, tá ok?”, teria dito Bolsonaro no áudio.

Além de ocupar a secretaria mais importante do governo de São Paulo, o PSD ocupa 329 prefeituras no estado e tem três ministérios no governo Lula.

Como noticiou a Gazeta do Povo, no dia 1º de fevereiro de 2024, Bolsonaro atribui ao presidente do PSD, Gilberto Kassab, os votos dados pelos parlamentares da sigla ao relatório final da polêmica CPMI do 8/1 que pediu o seu indiciamento.

“O Kassab determinou que todos os seus deputados e senadores votassem contra Jair Bolsonaro, favorável ao relatório, para me indiciar na CPMI independente de provas para que ele tivesse três ministérios no governo Lula. Esse é o perfil. O Kassab bem representa o caráter do velho político brasileiro”, afirmou o ex-presidente durante entrevista concedida ao programa Sem Filtro, da revista Oeste.

Bolsonaro também insinuou que o posicionamento da sigla na CPMI teria sido usado como moeda de troca com o governo para garantir os ministérios.

Oficialmente, o vice-presidente do PL, o deputado federal Capitão Augusto (SP), não confirmou o veto a candidatos da legenda de Kassab, mas lembrou que o apoio dos parlamentares do PSD ao relatório da CPMI foi “fundamental” para a sua aprovação.

“Se o PSD tivesse votado com a gente, o placar seria de 16 a 15. Não haveria indiciamento dos patriotas e nem do Bolsonaro. O PSD poderia ter votado contra o indiciamento e acabou votando a favor. Obviamente, existe uma rusga aí”, disse o deputado ao Estadão.

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