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O governo brasileiro condenou nesta quinta (12) a ocupação israelense de uma área desmilitarizada na Síria, localizada entre as Colinas de Golã, ocupadas por Israel, e o restante do território sírio. A ação foi ordenada pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que declarou no último domingo (8) que instruiu os militares a “assumirem o controle” da região.
Em uma nota oficial através do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil pediu que Israel respeite o direito internacional humanitário e a soberania da Síria. A ocupação foi alvo de críticas também pela Organização das Nações Unidas (ONU).
“O Brasil insta Israel a respeitar o direito internacional, inclusive o direito internacional humanitário, bem como a independência, a soberania e a integridade territorial da Síria”, disse em nota (veja mais abaixo na íntegra).
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Na última segunda (9), o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, afirmou que a Força de Observação de Desengajamento das Nações Unidas (UNDOF) alertou Israel sobre a violação do Acordo de Desengajamento de 1974.
“Não deve haver forças ou atividades militares na área de separação”, advertiu Dujarric. O mesmo argumento foi citado pelo governo brasileiro, de que a ocupação “por efetivos das forças armadas israelenses, da zona desmilitarizada na Síria” violou o acordo
A ONU confirmou que tropas israelenses estão presentes na área desmilitarizada e permanecem em pelo menos três locais.
Nos últimos dias, as Forças de Defesa de Israel intensificaram as operações na Síria e na zona de amortecimento entre os dois países. Segundo o exército israelense, foram atingidas reservas estratégicas de armas sírias, e tanques foram apreendidos com armamentos e equipamentos na zona de proteção no sul da Síria.
O exército israelense declarou que continua realizando operações defensivas na região, com a participação de brigadas de paraquedistas e comandos. O objetivo, segundo eles, é “eliminar ameaças” na zona-tampão.
Veja a nota completa do Itamaraty:
“O governo brasileiro condena a ocupação, a partir de 8 de dezembro, por efetivos das forças armadas israelenses, da zona desmilitarizada na Síria, em violação ao Acordo de Desengajamento de 1974. O Brasil insta Israel a respeitar o direito internacional, inclusive o direito internacional humanitário, bem como a independência, a soberania e a integridade territorial da Síria”.
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