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O Brasil deve esperar um posicionamento da Rússia para reagir ao anúncio de início das negociações por um cessar-fogo na Ucrânia. Os Estados Unidos anunciaram, nesta terça-feira (11), que o governo ucraniano aceitou uma proposta de 30 dias de cessar-fogo temporário para guerra. Agora, a Casa Branca aguarda uma resposta de Moscou.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve engajado na busca por uma solução para o conflito. O Brasil chegou a anunciar, inclusive, uma proposta de cessar-fogo entre os dois países em conjunto com a China. O acordo sino-brasileiro, porém, foi criticado pela Ucrânia e aliados do país acusado de levar em consideração os anseios russos na guerra.
Agora, sob a gestão de Donald Trump, os Estados Unidos têm pressionado pelo fim do conflito, traçando seus próprios termos. A Gazeta do Povo apurou com membros do governo brasileiro, contudo, que o Brasil vai esperar por um posicionamento dos dois agentes envolvidos na guerra, ou seja, Rússia e Ucrânia, para se posicionar sobre o anúncio dos EUA desta terça-feira.
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“A Ucrânia expressou sua prontidão para aceitar a proposta dos EUA de promulgar um cessar-fogo imediato e provisório de 30 dias, que pode ser prorrogado por acordo mútuo das partes, e que está sujeito à aceitação e implementação simultânea pela Federação Russa. Os Estados Unidos comunicarão à Rússia que a reciprocidade russa é a chave para alcançar a paz”, informou a nota divulgada pelos Estados Unidos.
O anúncio foi feito após reuniões em Jaddah, na Arábia Saudita, onde o governo americano está reunido em com membros do governo ucraniano para discutir os termos de um cessar-fogo no Leste Europeu. Na última semana, a gestão Trump anunciou a suspensão do envio da ajuda militar para a Ucrânia já aprovada pelo Congresso americano e o compartilhamento de informações de inteligência.
As decisões foram uma manobra que visava forçar Zelensky a negociar um cessar-fogo na guerra com a Rússia, após o bate-boca com Trump e o vice J. D. Vance na Casa Branca no final de fevereiro. Com o anúncio desta terça (11), a ajuda americana ao país foi retomada.





