• Carregando...
Cerimônia de chegada do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, por ocasião de sua visita oficial ao presidente Lula (PT), em maio de 2023
Cerimônia de chegada do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, por ocasião de sua visita oficial ao presidente Lula (PT), em maio de 2023| Foto: Ricardo Stuckert/PR

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do governo Lula não está entre os signatários de uma declaração conjunta em que vários países da América Latina condenam “a prisão arbitrária” da advogada e ativista de direitos humanos, Rocío San Miguel, pela ditadura de Nicolás Maduro.

Divulgada nesta quinta-feira (15), a declaração é assinada por representantes dos ministérios das Relações Exteriores da Argentina, Costa Rica, Equador, Paraguai e Uruguai.

“Os governos da Argentina, Costa Rica, Equador, Paraguai e Uruguai expressam sua profunda preocupação com a detenção arbitrária da ativista de direitos humanos Rocío San Miguel e fazem um apelo energético às autoridades venezuelanas para que a libertem imediatamente e retirem as acusações feitas. Da mesma forma, rejeitam as recentes medidas contra o Escritório Técnico de Assessoria do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos na Venezuela e exigem o pleno respeito aos direitos humanos, a vigência do estado de direito e a convocação de eleições transparentes, livres, democráticas e competitivas sem proibições de qualquer tipo”, diz a declaração compartilhada pelos cinco países.

A Gazeta do Povo entrou em contato com o Itamaraty para saber o motivo pelo qual o país não está entre os signatários da declaração, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O jornal também perguntou se há alguma medida diplomática em curso relacionada à prisão da advogada. A Gazeta permanece aberta para quaisquer esclarecimentos do MRE.

Na quarta-feira (14), o assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, manifestou preocupação com a situação na Venezuela após a prisão da opositora de Nicolás Maduro. O chanceler disse que “qualquer prisão de natureza política preocupa”, destacando que o governo brasileiro apostou no diálogo para a próxima eleição do país.

Esta semana, Maduro também expulsou do país funcionários do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). A decisão foi tomada depois de Maduro assinar um pacto com os Estados Unidos para eleições limpas.

Vale lembrar que o presidente Lula (PT) é amigo e apoiador de Maduro e chegou a afirmar que se criaram “narrativas” contra o regime venezuelano. O petista também já afirmou que o conceito de democracia “é relativo” ao defender Maduro.

O ditador da Venezuela foi recebido por Lula com honras, em Brasília, no ano passado.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]