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Brasileiros que vivem em diversas cidades na Europa e nos Estados Unidos (EUA) confirmaram a realização de manifestações em favor da anistia dos presos do 8 de janeiro e em defesa da liberdade de expressão no Brasil.
Os atos acontecerão no dia 5 de abril, um dia antes da manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que deverá ocorrer na Avenida Paulista, em São Paulo, também em defesa da anistia dos presos do 8 de janeiro.
Estão previstos protestos em Paris (França), Barcelona e Roma (Itália), Madri (Espanha), Londres (Inglaterra), Zurique (Suíça), Köln (Alemanha), Flórida, Nova Iorque, Washington e Orlando (EUA). Também são esperadas manifestações em Portugal.
Organização
Ao conversar com a Gazeta do Povo, nesta segunda-feira (31), Alexandre Kunz - um dos organizadores das manifestações em Londres - disse que cada país tem um organizador e que os atos “não têm apoio direto de nenhum político brasileiro”.
“Esse movimento é apartidário com o único objetivo de pedir a liberdade dos presos do 8 de janeiro, ou que as penas sejam revistas”, afirmou.
De acordo com Kunz, os protestos deverão chamar a atenção da imprensa internacional para o que está acontecendo no Brasil.
“Jornais estão começaram a noticiar as decisões [do ministro do STF, Alexandre de Moraes], principalmente, devido aos últimos julgamentos com penas muito grandes a pessoas sem foro privilegiado e sem antecedentes criminais. Isso está pegando muito mal para ele [Moraes] aqui fora”, afirmou Kunz.
A expectativa, segundo Kunz, é de que os atos do dia 5 de abril reúnam centenas de pessoas em cada cidade. No dia 5 de março, uma manifestação pela anistia foi realizada em Londres e reuniu cerca de 300 pessoas.
“Vivemos em um Brasil muito politizado, as pessoas estão fazendo loucuras por questões políticas, mas essa escalada se deve muito ao STF por não escutar o clamor do povo por certas demandas. Logo após as eleições [de 2022], muitas pessoas não satisfeitas com o resultado e com a falta de transparência foram às ruas, quartéis, Esplanada...”, comentou Kunz.
“É válido lembrar que essas pessoas ficaram lá por meses sem nenhuma ocorrência de vandalismo, então, no dia 08 de janeiro algo inesperado aconteceu. Aqueles que estavam lá e quebraram algo, devem sim responder por crime de vandalismo, porém, sentenciar pessoas sem antecedentes criminais a 14, 15 ou até 17 anos de prisão é um absurdo que só está escancarando ainda mais que essas prisões e condenações se devem à rivalidade política e nada além disso”, completou.
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