O ministro do STF Alexandre de Moraes
Alexandre de Moraes apontou “atuação incompetente” dos seguranças do Palácio do Planalto| Foto: Carlos Alves Moura/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Polícia Federal tome o depoimento do general Gonçalves Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), em até 48 horas. Na decisão, ele considerou “gravíssimas” as imagens reveladas nesta quarta (19), que mostram o ex-ministro circulando entre invasores do Palácio do Planalto, junto com outros militares, no dia 8 de janeiro.

“Indicam a atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI”, escreveu na decisão, proferida no âmbito do inquérito que apura omissão de autoridades públicas no dia da invasão.

Essa investigação tem como alvos o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, preso até hoje por ordem de Moraes; o governador Ibaneis Rocha, que chegou a ser afastado do cargo pelo ministro; e ex-autoridades da Segurança Pública do Distrito Federal.

Além do interrogatório, Moraes cobrou da PF todas as imagens de câmeras, inclusive as do Palácio do Planalto, bem como as perícias e providências tomadas sobre elas – essa determinação foi feita no próprio 8 de janeiro. Moraes ainda quer saber se já foram tomados depoimentos de militares do Batalhão da Guarda Presidencial, que fazem a segurança da Presidência – essa ordem foi dada no dia 27 de fevereiro.

Por fim, mandou a PF identificar todos os militares que aparecem nas imagens reveladas nesta terça, tomando o depoimento deles nas mesmas 48 horas, caso já não tenham sido realizados. O novo chefe do GSI, Ricardo Capelli, será intimado para identificar todos os servidores militares e civis que aparecem nas gravações.