Aras eleições
O procurador-geral da República, Augusto Aras.| Foto: Rosinei Coutinho/STF.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, se reuniu na manhã desta segunda-feira (21) com o gabinete de crise do Ministério Público Federal (MPF) para discutir os bloqueios em rodovias. Desde o dia 30 de outubro, manifestantes insatisfeitos com a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições realizam protestos nas estradas. No encontro, que durou cerca de duas horas, procuradores da República que atuam no caso nos estados do Pará, Paraná e Rondônia e de Mato Grosso relataram os novos registros de interdições.

Após a reunião, Aras afirmou que foi constatado que o estado com maior número de bloqueios é o Mato Grosso. O PGR disse que entrou em contato com o ministro da Justiça, Anderson Torres, para comunicar sobre a situação. "O ministro nos assegurou que, mais uma vez, vai instar o governador do estado para que solicite apoio da Força Nacional que está disponível para ajudar a desobstruir as rodovias", disse Aras, em vídeo divulgado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Aras deve oficiar o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), para que, dentro de sua "autonomia constitucional, possa requerer o apoio da Força Nacional" para o desbloqueio de rodovias. Os representantes do MPF avaliam que, no momento, o efetivo das demais forças (Polícia Federal, Rodoviária Federal e Militar) não seria suficiente para atender todas as demandas no estado.

No caso de Rondônia, o pedido de apoio da Força Nacional já foi apresentado pelo governo estadual e atendido pelo ministério. "Em contato há pouco, com o ministro [da Justiça], ele nos informou que vai mandar reforçar imediatamente o contingente em Rondônia", ressaltou Aras. Já nos demais estados, que apresentam bloqueios eventuais com a desobstrução em poucas horas, as demais forças policiais locais seguem atuando.

"A nossa reunião se centrou na avaliação dos casos mais graves e na busca de soluções já adotadas. Por isso, fica a população ciente de que o Ministério Público Federal em todo o Brasil continua cuidando para a preservação da ordem jurídica, do ambiente democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis", afirmou o PGR.