Ataques RN
Conhecido como Nazista comandava ataques em Mossoró e região, no RN, e estava escondido em cidade do Ceará.| Foto: SESED-RN/divulgação

Um dos suspeitos de liderar os ataques que atingem mais de 50 cidades do Rio Grande do Norte desde a semana passada foi morto em confronto com a polícia nesta terça (21). Francisco Allison de Freitas, conhecido como “Nazista”, estava escondido na zona rural do município de Icapuí, no Ceará, a 316 quilômetros de distância de Natal.

De acordo com a polícia, Nazista comandava os ataques no município de Mossoró e região (RN), cidade onde está localizado a Penitenciária Federal que abriga líderes de facções criminosas. Em recente operação da Polícia Civil, foram apreendidos quase 100 litros de gasolina e munições em um de seus endereços.

De acordo com o boletim mais recente da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesede), na manhã desta quarta (22) 168 pessoas já foram presas suspeitas de participação nos ataques e a apreensão de 139 artefatos explosivos, 31 galões de combustíveis, 42 armas de fogo, entre outros.

A secretaria já contabilizou oficialmente 201 ataques em cidades do Rio Grande do Norte. A quantidade de atentados, que vinha diminuindo ao longo da última semana, passando de 105 na terça (14) para 7 no domingo (19), começou a subir na segunda (20), quando foram registrados 8 ataques, e mais 8 nesta terça (21), mesmo com a presença de mais de 700 agentes de segurança pública no estado. Um pouco mais cedo, a Sesed havia anunciado a ocorrência de 9 atentados na última noite.

Entre os novos ataques registrados na madrugada desta quarta (22), estão a queima de um ônibus e um carro na cidade de Canguaretama, a 70 quilômetros de distância de Natal, e de uma van escolar na capital, seguido de tiros. Segundo apuração da imprensa local, criminosos tiraram os alunos do veículo e atearam fogo na van.

No começo desta semana, o ministro Flávio Dino, da Justiça, anunciou o repasse de R$ 100 milhões ao estado para ampliar as estruturas de segurança, como a construção de novas estruturas de investigação da Polícia Civil, compra e aluguel de viaturas, armamentos, e o encaminhamento de projetos para a construção de uma nova penitenciária e criação de vagas em presídios já existentes.