Dr. Jairinho.
Em depoimento a babá do menino, Thayná de Oliveira Ferreira, não confirmou ter conhecimento de que Jairinho batia no enteado.| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A primeira audiência de instrução e julgamento do processo que apura a morte do garoto Henry Borel, de 4 anos, ocorrida em março, terminou por volta da meia noite de quarta-feira (6). Durante a sessão a juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, ouviu testemunhas de acusação por mais de 14 horas e designou a continuação do julgamento para os dias 14 e 15 de dezembro.

Em depoimento a babá do menino, Thayná de Oliveira Ferreira, não confirmou ter conhecimento de que o médico batia no enteado. Durante seu testemunho ela pediu para Monique Medeiros, mãe de Henry, sair do plenário durante sua fala e alegou que foi usada pela professora para falar “coisas ruins” sobre o ex-vereador. A babá afirmou não ter falado em nenhum momento sobre agressão por não ter presenciado nenhuma situação. Após o depoimento, o promotor de Justiça Fábio Vieira dos Santos pediu a extração de peças para a apuração do crime de falso testemunho, que poderia estar sendo cometido por ela.

O responsável pela investigação, delegado Edson Henrique Damasceno, também prestou depoimento. Ele confirmou que o caso chegou até a delegacia como acidente doméstico, mas o laudo do Instituto Médico Legal mostrou que Henry apresentava diversos sinais de agressão e a perícia constatou que o apartamento passou por uma limpeza logo após o menino ser levado para o hospital. Outros policiais ouvidos afirmaram que Monique teria ciência da rotina de violência que Henry sofria e não o afastou desta situação, mentindo no inquérito policial, e que as câmeras de segurança não mostraram nenhum tipo de acidente com o garoto no período em que esteve com o pai em um shopping, antes de ser entregue a Monique.

Também foram ouvidos em juízo o pai de Henry, Leniel Borel de Almeida Júnior, a ex-mulher de Jairinho, Ana Carolina Ferreira Netto, que disse não ter conhecimento das agressões atribuídas a ele contra crianças; o executivo do Instituto D’Or, Pablo dos Santos Menezes, que disse ter recebido uma mensagem de Jairinho no dia da morte de Henry, pedindo um favor no Barra D’Or; e as médicas do Hospital Barra D’Or, Maria Cristina de Souza Azevedo, Viviane dos Santos Rosa e Fabiana Barreto Goulart Deleage. Com informações da Agência Brasil.