O ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Fabio Augusto Vieira.
O ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Fabio Augusto Vieira.| Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília.

A defesa do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Fábio Augusto Vieira, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (27) a revogação da prisão preventiva. A nova representação, encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, cita o relatório final divulgado pelo interventor federal na Segurança Pública do DF, Ricardo Cappelli, nesta tarde, informou o Estadão.

Os advogados João Paulo Boaventura e Thiago Turbay argumentam que o relatório reforça que o ex-comandante não participou do planejamento da operação de segurança para o dia 8 de janeiro, função que seria do Departamento Operacional (DOP) da PM. Com isso, ele não poderia ser acusado de omissão. A conduta do coronel é investigada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pela Corregedoria da PM.

"Foi tão somente após a publicação do relatório final do interventor federal que chegou ao conhecimento do requerente [Vieira] e das demais forças de segurança a inexistência do plano operacional e das ordens de serviço necessárias", afirma a defesa.

Os advogados citam que o ex-comandante foi “vítima de violência física no exercício de sua função” durante os atos de violência do dia 8. “Por outro lado, os relatos acerca da atuação do requerente [Vieira] em campo demonstraram que ele, apesar de não ser o Comandante da Operação, encargo dos comandos do DOP, se utilizou de todos os meios disponíveis no momento para atuar na evitação do resultado”, diz a defesa no pedido.