De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), a Polícia Federal ficará responsável pela investigação para apurar as responsabilidades e punir os culpados.
De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), a Polícia Federal ficará responsável pela investigação para apurar as responsabilidades e punir os culpados.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), vai determinar abertura de inquérito policial para apurar o suposto crime de genocídio e supostos crimes ambientais na região do povo Yanomami, em Roraima. O ministro está no estado com o presidente Lula (PT). Uma comitiva do governo federal viajou ao local para verificar a situação os indígenas.

De acordo com o Ministério da Justiça, a Polícia Federal ficará responsável pela investigação para apurar as responsabilidades e punir os culpados. “O presidente Lula determinou que as leis sejam cumpridas em todo o país. E vamos fazer isso em relação aos sofrimentos criminosos impostos aos Yanomami. Há fortes indícios de crime de genocídio, que será apurado pela PF”, afirmou Dino.

Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, 99 crianças do povo Yanomami morreram devido ao avanço do garimpo ilegal na região. Os dados são referentes a 2022 e as vítimas foram crianças entre um a 4 anos. As causas da morte são, na maioria, por desnutrição, pneumonia e diarreia.

A pasta estima ainda que ao menos 570 crianças foram mortas pela contaminação por mercúrio, desnutrição e fome na  região. Além disso, em 2022 foram confirmados 11.530 casos de malária no Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami, distribuídos entre 37 Polos Base. As faixas etárias mais afetadas estão entre os maiores de 50 anos, seguidas pela faixas de 18 a 49 anos e de 5 a 11 anos, afirma o governo.