O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou neste sábado (7) que está discutindo com os diretores-gerais da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal novas providências contra atos antidemocráticos. Apesar da desmobilização de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), manifestantes ainda convocam protestos.

"Desde cedo, eu e os diretores gerais da PF e da PRF estamos em diálogo e definindo novas providências sobre atos antidemocráticos que podem configurar crimes federais. Vamos manter a sociedade informada. Pequenos grupos extremistas não vão mandar no Brasil", disse o ministro em postagem no Twitter.

Além de acionar a cúpula da PF e da PRF, Dino disse que também conversou com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). "Sobre uma suposta ‘guerra’ que impatriotas dizem querer fazer em Brasília, já transmiti as orientações cabíveis à PF e PRF. E conversei com o governador Ibaneis e o ministro Múcio", afirmou o ministro.

Na noite desta sexta (6), uma carreata com apoiadores de Bolsonaro bloqueou parte da Avenida 23 de Maio, próximo ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. "Sobre atos políticos em São Paulo e em algumas outras cidades, inclusive com absurdas agressões, a atribuição constitucional, em um primeiro momento, é das esferas policiais locais. Quando se caracterizar a competência federal, estamos mobilizados para atuar imediatamente", ressaltou.

"Reiteramos que liberdade de expressão não abrange agressões físicas, sabotagens violentas, golpismo político etc. Recomendo que pessoas agredidas procurem imediatamente Delegacias da Polícia Civil para registro da ocorrência, se possível com imagens", disse Dino.