Tasso Jereissati
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE)| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o senador Tasso Jereissati (CE) admitiu, pela primeira vez, participar das prévias do PSDB para a escolha do candidato à presidência da República do partido, na expectativa de construir uma terceira via diante da polarização que se desenha entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Se meu nome servir para unir, em algum momento, vamos trabalhar nessa direção”, afirmou ele, chamado por correlegionários de "Biden brasileiro" em referência ao presidente americano e à idade avançada.

Para juntar os nomes que surgem como opção de uma terceira via, Jereissati afirmou que é preciso é desprendimento. “Mas alguns pontos são relevantes para uma agenda comum, como meio ambiente, respeito à ciência e não desprezar a questão fiscal”. O senador defendeu “a abertura de diálogo entre todos candidatáveis”, referindo-se aos seis presidenciáveis que assinaram um manifesto em defesa da democracia (Ciro Gomes, João Doria, Eduardo Leite, Luciano Huck, João Amoedo e Luiz Henrique Mandetta). "Eu posso ajudar, acho até que tenho uma facilidade de diálogo. Isso não indica que seja eu o candidato".

Para Jereissati, com mais quatro anos de governo Bolsonaro o Brasil será um pária internacional, isolado do mundo e com a economia no caos. Sobre Lula, disse que se ele vier com a política de Guido Mantega, do descontrole fiscal, será um caminho igualmente equivocado. “Temos de reconstruir credibilidade”. defendeu.