A PF apura se Jair Renan utilizou sua empresa para promover articulações entre empresários e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho,
A PF apura se Jair Renan utilizou sua empresa para promover articulações entre empresários e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho,| Foto: Alan Santos/PR

Jair Renan, filho do presidente Jair Bolsonaro, prestou depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (7) como parte do inquérito que investiga um suposto tráfico de influência e lavagem de dinheiro. A oitiva começou por volta de 16 horas e durou cerca de três horas. Renan chegou acompanhado do advogado da família, Frederick Wassef. As investigações apuram se Renan recebeu vantagens indevidas de empresários que teriam interesse em realizar negociações com a administração pública. O depoimento, anteriormente previsto para dezembro, foi adiado após a defesa de Renan alegar problemas de saúde.

A PF quis saber se Jair Renan utilizou sua empresa, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, para promover articulações entre empresários da área de mineração e construção e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. As investigações começaram em março de 2021 a pedido do Ministério Público Federal (MPF), depois de uma denúncia feita por parlamentares de oposição ao governo. Renan teria recebido a doação de um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil de uma das empresas. Um mês após a doação, a companhia conseguiu agendar um encontro com Marinho.

Antes do depoimento, Wassef disse à imprensa que Jair Renan nunca recebeu qualquer vantagem indevida e nem atuou a favor de nenhuma empresa junto ao governo federal. Segundo o advogado, a denúncia contra Renan visa atingir a imagem do presidente.