O servidor da Funai, Bruno Pereira, e o jornalista inglês Dom Phillips, estão desaparecidos na Amazônia.
O servidor da Funai, Bruno Pereira, e o jornalista inglês Dom Phillips, estão desaparecidos na Amazônia.| Foto: Divulgação/Funai/Reprodução/Twitter

As forças de segurança no Amazonas anunciaram nesta quarta-feira (8) a criação de um comitê integrado para coordenar as buscas do indigenista Bruno Pereira, servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), e do jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian. Eles estão desaparecidos desde o último domingo (5). As autoridades ainda não tem pistas sobre o paradeiro dos dois.

Até o momento, cinco testemunhas e um suspeito foram ouvidos. Nesta tarde, representantes da Polícia Federal, da Marinha, do Exército, da Secretaria de Segurança Pública, da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros participaram de uma coletiva para explicar a complexidade da operação de busca no local e fazer um balanço das ações realizadas.

O grupo anunciou que vai se reunir na Superintendência da Polícia Federal em Manaus (AM), diariamente às 15h, e apresentar um balanço das ações às 16h. O comitê foi criado após a Justiça apontar nesta quarta a “omissão” por parte da União do dever de fiscalizar e proteger as terras e povos indígenas isolados, informou o Estadão.

A juíza Jaiza Maria Fraxe, da 1ª Vara Federal Cível da Justiça Federal do Amazonas, determinou que a União deveria reforçar a operação de busca. Agora, cerca de 250 homens participam da operação, além de duas aeronaves, três drones, 16 embarcações e 20 viaturas.

Mais cedo, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, disse desconhecer os motivos do desaparecimento de Pereira e Phillips, durante uma audiência na Câmara dos Deputados. "Não temos noção do que tenha acontecido... Estamos falando de um local que não chega nem avião, não tem nem pista de pouso", disse o ministro. "Tudo está sendo feito”, afirmou.