Ministro Gilmar Mendes disse que o Exército é cúmplice de um "genocídio" no Brasil por causa da alta mortalidade do novo coronavírus.
Gilmar Mendes, ministro do STF| Foto: Nelson Jr./STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes mandou a Lava Jato soltar pela terceira vez o doleiro Chaaya Moghrabi, o "Yasha", detido na última sexta (18), em Angra dos Reis (RJ). A ordem de prisão partiu da juíza Caroline Vieira que substitui Marcelo Bretas na 7ª Vara Federal Criminal do Rio e foi baseada em suposto descumprimento de decisão judicial e obstrução de Justiça. A decisão de Gilmar foi proferida na sexta, último dia antes do recesso do Judiciário.

"Yasha" foi alvo da Operação Clãdestino no mês passado. As diligências são mais um desdobramento da Câmbio, Desligo, que mirou o "doleiro dos doleiros" Dario Messer e um "grandioso esquema" que desviou US$ 1,6 bilhão de recursos ilícitos no Brasil e no exterior por meio de dólar-cabo. O doleiro foi alvo de três mandados de prisão expedidos pela Lava Jato e foi solto por Gilmar nas três ocasiões.

Para Gilmar, a Lava Jato "tenta reintroduzir" o argumento de descumprimento de decisão judicial "de forma ilegítima" e que há um "verdadeiro fosso interpretativo" entre a ausência de "conduta colaborativa" e prática de atos de obstrução de Justiça.