O ato de recriação do Consea foi assinado em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, com a presença de ministros, autoridades e representantes da sociedade civil.
O ato de recriação do Consea foi assinado em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, com a presença de ministros, autoridades e representantes da sociedade civil.| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta terça-feira (28) o decreto que recria o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), desativado em janeiro de 2019. O ato foi assinado em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, com a presença de ministros, autoridades e representantes da sociedade civil.

No mesmo evento, foram empossados os conselheiros do órgão, que será presidido pela nutricionista, pesquisadora e professora Elisabetta Recine, que já presidiu o mesmo conselho em 2017 e 2018. O Consea é o órgão responsável pelo monitoramento e avaliação de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional no país.

Em seu discurso, Lula criticou a desativação do órgão pelo governo anterior. “Lamentavelmente ele (Consea) foi exterminado e hoje está de volta. Na verdade, eles nunca conseguiram acabar com o Consea. Eles desmancharam a estrutura legal que existia, mas muita gente que participava do Consea pelo Brasil continuou lutando, organizado e tentando combater a fome por esses quatro cantos do Brasil”, disse o presidente.

O presidente anunciou ainda que irá retomar a política do preço mínimo. “A gente vai garantir que se as pessoas produzirem, não vão perder, porque se produzirem em excesso o governo vai comprar esse alimento para distribuir aonde precisa ser distribuído. E também a gente vai voltar com a política de preço mínimo para garantir que as pessoas que plantam não tenham prejuízio se houver uma super safra”, afirmou Lula.

“No Brasil é assim. As vezes as pessoas produzem, são incentivadas a produzir, todo mundo planta, a colheita é muito grande e o preço cai. As vezes o companheiro não consegue retirar sequer o dinheiro que investiu. Vamos tentar fazer uma grande discussão não só com a agricultura familiar”, disse.