O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu nesta sexta-feira (27) sua primeira reunião com os 27 governadores defendendo o diálogo político como forma de o Brasil "voltar a normalidade". Esse é o primeiro encontro do petista para que os chefes dos executivos estaduais apresentem os pedidos de ações consideradas prioritárias a serem realizadas pelo governo federal em cada estado.

"Nós vamos mostrar ao povo brasileiro que o ódio acabou. Que o que aconteceu no dia 8 de janeiro não vai se repetir. Vamos recuperar a democracia nesse país, e a essencialidade da democracia é falar o que quer, desde que não obstrua o direito do outro falar. Por isso, eu falo que o Brasil vai voltar a normalidade", declarou Lula.

O presidente Lula afirmou ainda que seu governo não fará distinção entre governadores que o apoiam ou fazem oposição ao governo federal. De acordo com o petista, não haverá "veto" aos pedidos dos governos, e que as demandas estaduais serão analisadas pelo Palácio do Planalto.

"Em cada estado que eu for, eu irei visitar o gabinete do governador, a não ser que ele não queira. Não vou fazer que nem os terroristas e invadir o gabinete do governador. Nós sabemos que cada governador tem as suas demandas locais e querem discutir uma série de coisas", c0mpletou.

Após a fala do presidente, a reunião foi fechada à imprensa. Um dos principais temas apresentados pelos governadores deve ser a perda de arrecadação dos estados após mudanças na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre produtos considerados essenciais, como combustíveis e energia elétrica.

“Sabemos que os governadores querem discutir uma série de coisas. A questão do ICMS é uma coisa que está na cabeça de vocês desde que foi aprovado pelo Congresso. Podemos acertar, a gente não vai deixar de discutir nenhum assunto com vocês”, disse Lula.