Lula reunião ministros
Lula tem declarado publicamente sua desconfiança com os militares que atuaram na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e essa suspeita se acentuou após os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro em Brasília.| Foto: André Borges/EFE

O presidente Lula (PT) exonerou nesta terça-feira (17) 40 militares que atuavam na administração e segurança do Palácio da Alvorada e da Granja do Torto, residências oficiais da presidência da República. Também foram dispensados três militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que atuavam na Coordenação-Geral de Operações de Segurança Presidencial. A relação tem militares do Exército, Marinha e Aeronáutica.

Lula já declarava publicamente sua desconfiança com os militares que atuaram na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e essa suspeita se acentuou após os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro. Recentemente, Lula afirmou que “muita gente” das Forças Armadas foi conivente com a invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília.

“Eu pego o jornal e leio que o motorista do Heleno dizendo que vai me matar e que eu não vou subir a rampa. Outro tenente diz que vai me dar um tiro na cabeça e que eu não vou subir a rampa. Como é que eu vou ter uma pessoa na porta da minha sala que pode me dar um tiro? Então eu coloquei como meus ajudantes de ordem os companheiros que trabalham comigo desde 2010, todos militares”, declarou Lula na quinta-feira (12).

Na ocasião, o presidente afirmou ainda que iria fazer uma “triagem” para identificar apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que ainda atuavam dentro do Palácio. “Nós estamos no momento de fazer uma triagem profunda, porque a verdade é que o Palácio estava repleto de bolsonaristas, de militares, e nós queremos ver se a gente consegue corrigir para que a gente possa colocar funcionário de carreira, de preferência funcionários civis, ou que estavam aqui ou que foram afastados, para que isso aqui se transforme em um gabinete civil", declarou.