O Ministério da Saúde anunciou que encomendou 50 mil vacinas contra varíola dos macacos.
O Ministério da Saúde anunciou que encomendou 50 mil vacinas contra varíola dos macacos.| Foto: Joel Rocha/Arquivo/Prefeitura de Curitiba

O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (29) que encomendou 50 mil vacinas contra varíola dos macacos (monkeypox). As primeiras 20 mil doses devem chegar em setembro, e outras 30 mil doses serão entregues em outubro. A informação foi anunciada pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, Daniel Pereira, e pelo secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Arnaldo Medeiros. Em todo o Brasil, o número de casos confirmados subiu para 1.066. O primeiro óbito pela doença no país foi confirmado pela pasta nesta sexta.

No primeiro momento, serão vacinados apenas profissionais de saúde que manipulam as amostras recolhidas de pacientes e pessoas que tiveram contato direto com doentes. O esquema de vacinação será feito em duas doses, com intervalo de 30 dias entre elas. Segundo o secretário de Vigilância Sanitária, o ministério informou que não haverá campanha de vacinação em massa porque não existe recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A aquisição do imunizante será feita por meio de convênio com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) porque a empresa dinamarquesa produtora da vacina não-replicante não tem escritório no Brasil nem pretende abrir representação no país. "Existe um pedido da Opas para a aquisição de 100 mil doses de vacinas para as Américas. Dessas 100 mil doses, 50 mil serão adquiridas pelo Ministério da Saúde", disse Medeiros.

Diante do aumento de casos de varíola dos macacos no país, começou a funcionar nesta sexta o Centro de Operação de Emergências (COE) criado pela pasta. O principal objetivo da iniciativa é acompanhar a situação epidemiológica e elaborar um plano de vacinação contra a doença no país.

Foram convidados a participar do colegiado, membros do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e representantes de outras secretarias do Ministério da Saúde, além da própria Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). Com informações da Agência Brasil.