No primeiro depoimento de Torres, prestado no dia 18 de janeiro, o ex-ministro da Justiça optou por permanecer em silencia e não responder às perguntas feitas durante seu interrogatório.
No primeiro depoimento de Torres, prestado no dia 18 de janeiro, o ex-ministro da Justiça optou por permanecer em silencia e não responder às perguntas feitas durante seu interrogatório.| Foto: Renato Alves/Agência Brasília.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), remarcou para o dia 2 de fevereiro o segundo depoimento que Anderson Torres daria à Polícia Federal. Inicialmente o ex-secretário de Segurança do Distrito Federal iria ser ouvido pelos agentes nesta segunda-feira (23).

“Para garantir o tempo necessário à Defesa de Anderson Gustavo Torres para análise dos autos antes do interrogatório, determino à Polícia Federal que realize a oitiva do investigado no dia 2/2/2023, às 10h30min”, diz Moraes na decisão. A expectativa é de que Torres apresente uma versão para as acusações de omissão nos atos de vandalismo em Brasília e também sobre a origem da minuta do decreto que pretendia um estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No primeiro depoimento de Torres, prestado no dia 18 de janeiro, o ex-ministro da Justiça optou por permanecer em silencia e não responder às perguntas feitas durante seu interrogatório. O procedimento ocorreu no 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM), nos arredores de Brasília, onde ele está preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito das investigações sobre as invasões às sedes dos três Poderes.

Anderson Torres é investigado pela suspeita de que teria deixado, intencionalmente, de prover a proteção necessária para impedir os atos de vandalismo no Congresso, no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal (STF) no último dia 8. Na semana anterior, ele havia assumido o comando da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, mas tirou férias e viajou para os Estados Unidos na véspera dos atos. Para Moraes, houve "omissão dolosa".