Ouro garimpo ilegal
Investigações da PF apontam que grupo usava empresa de Roraima para venda de ouro extraído em garimpos ilegais na Terra Indígena Yanomami.| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Três mandados de busca e apreensão e bloqueios de bens são cumpridos na manhã desta terça (28), pela Polícia Federal, contra suspeitos de movimentarem R$ 271 milhões em ouro de garimpos ilegais em Roraima.

Segundo a corporação, a operação Nau dos Quintos investiga um grupo que usava uma loja de materiais de construção no estado para movimentar o dinheiro do ouro extraído na Terra Indígena Yanomami.

“Análises da movimentação dos envolvidos endossaram as suspeitas, de forma que eles receberiam valores de centenas de pessoas físicas e jurídicas relacionadas com o comércio de minerais. Algumas, inclusive, alvos de outras ações da Polícia Federal”, diz a polícia em nota.

As investigações apontam que um dos suspeitos, o proprietário da empresa, teria movimentado R$ 162 milhões. “A empresa, que atua regularmente no mercado de construção civil, também seria utilizada para movimentar esses valores ilegais”, completa a PF.

Outro suspeito, diz, teria movimentado mais de R$ 12 milhões nas próprias contas bancárias, sendo que os rendimentos declarados são de apenas R$ 40 mil. No total, as investigações da PF apontam que os envolvidos teriam movimentado R$ 271 milhões em um período de quatro anos.