Paulo Guedes, ministro da Economia, e Jair Bolsonaro, presidente da República
Paulo Guedes e Jair Bolsonaro: defensor da CPMF, ministro da Economia continua no cargo.| Foto: Marcos Correa/PR

Ministro da Economia, Paulo Guedes disse que aceitou a demissão de Marcos Cintra, ex-secretário da Receita Federal, para acabar com especulações da imprensa sobre o retorno da CPMF e para resguardar o presidente Jair Bolsonaro, em fase de recuperação após cirurgia. O ministro argumentou que "num momento particularmente frágil", Bolsonaro ligou do hospital, onde está internado e manifestou contrariedade com notícias sobre o retorno do imposto. "A visão é de um homem entubado, visivelmente precisando de tranquilidade de recuperação física, de novo (veio o tema da) CPMF", acrescentou.

Guedes disse que a equipe econômica estava apenas fazendo simulações e que não há um desenho fechado da nova tributação. "Não foi o presidente que pediu a cabeça (de Cintra). As versões são que o presidente exigiu. O presidente não exigiu nada. Eu mesmo me antecipei e falei com o Cintra que nós combinamos que não era para falar nisso (novo imposto). E ele respondeu que o secretário é que detalhou o estudo", disse Guedes em coletiva com correspondentes internacionais, nesta sexta-feira. Questionado se o novo imposto ainda está em estudo, após a demissão de Cintra, Guedes evitou retomar o tema. "Afastei alguém para não conversar sobre isso. Quem falou sobre isso na última vez foi demitido", complementou. Segundo o ministro, o que está em estudo é a criação de um imposto que deve incidir sobre o pagamento de bens e serviços.