PF divulgou o nome de mais um suspeito de envolvimento nas mortes do indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips.
PF divulgou o nome de mais um suspeito de envolvimento nas mortes do indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips.| Foto: Joédson Alves/EFE.

A Polícia Federal realiza buscas para encontrar o terceiro envolvido na morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. Em nota, a PF afirmou que há um mandado de prisão contra Jeferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”. O suspeito está foragido. "A PF e a PC continuam enviando esforços na localização e prisão do elemento foragido. Solicita ainda, àquele que tiver alguma informação que venha contribuir com as buscas, que comuniquem às autoridades imediatamente”, diz um trecho do comunicado da corporação divulgado na noite desta sexta-feira (17).

Os irmãos Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado", e Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, estão presos em Atalaia do Norte. Amarildo confessou na quarta-feira (15) ter ajudado a ocultar os corpos de Dom e Bruno. No entanto, em um novo depoimento ele teria assumido ter disparado tiros contra as vítimas, informou a coluna de Bela Megale, no jornal O Globo. Amarildo também apontou que uma terceira pessoa teria feito disparados contra o jornalista e o indigenista.

Nesta sexta, a PF confirmou que uma parte dos restos mortais encontrados na região do Vale do Javari, no Amazonas, pertence a Dom Phillips. A perícia ainda analisa se o outro material é de Bruno Pereira. Segundo a Polícia Federal não há indícios de ter havido um mandante ou organização criminosa por trás das mortes.

Em nota, a PF, que coordena o comitê de crise para investigação do caso, informou também que as diligências continuam e que, apesar de não haver mandante, outras pessoas devem estar envolvidas no crime e novas prisões podem ocorrer nos próximos dias.

A União dos Povos do Javari (Unijava) disse que discorda da conclusão à qual chegou a PF. Segundo a entidade, foram repassadas informações sobre organizações criminosas que estariam atuando na região e que poderiam ser as responsáveis pelas mortes do indigenista e do jornalista.

No documento, a Unijava solicita que as investigações continuem e nenhuma hipótese seja descartada. “Exigimos a continuidade e o aprofundamento das investigações. Exigimos que a PF considere as informações qualificadas que já repassamos a eles em nossos ofícios. Só assim teremos a oportunidade de viver em paz novamente em nosso território, o Vale do Javari”. Com informações da Agência Brasil.