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Por unanimidade, os dirigentes estaduais do PL votaram para dar “carta branca” para o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, negociar os termos e acordos da filiação do presidente Jair Bolsonaro| Foto: Reprodução/Twitter

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, recebeu "carta branca" de seu partido para negociar os termos e acordos para a filiação do presidente Jair Bolsonaro. A autonomia foi dada por unanimidade dos presidentes dos diretórios estaduais em reunião nesta quarta-feira (17) no edifício-sede da legenda, em Brasília.

Após ter suspendido a cerimônia de filiação de Bolsonaro, prevista para 22 de novembro, o ambiente interno no partido é de pacificação, como explicou a Gazeta do Povo. O deputado Giacobo (PL-PR), presidente do diretório paranaense da legenda, afirma que nenhum dirigente estadual se opôs à "carta branca" concedida a Costa Neto.

"Não teve um presidente do PL de qualquer estado que seja que disse: 'poxa, para mim [a filiação de Bolsonaro] é ruim'. Foi dada a palavra para cada um dar sua opinião e todos, por unanimidade, deram 'carta branca' ao presidente [Costa Neto]", afirma Giacobo. "O partido está firme, vai dar todo o suporte em todos os estados.  A opinião de todos é de que temos que acolher o Bolsonaro, temos que realmente ter candidatos nos estados que caminhem junto com ele", complementa.

Mesmo a atual posição do diretório da legenda em Alagoas não alterou a autonomia concedida Costa Neto, afirma Giacobo. O diretório alagoano do PL é presidido pelo ex-deputado Maurício Quintella, opositor de Bolsonaro e atual secretário de Infraestrutura do governo estadual, comandado por Renan Filho (MDB).

"Quintella é meu amigo, o partido respeita a posição dele, mas ele vai ter que procurar um [partido] para ele, vamos respeitar. Em Alagoas, o PL não vai acompanhar a candidatura de alguém apoiado pelos Calheiros. Respeitamos o Maurício, mas ele não é deputado federal hoje. O nosso deputado federal de Alagoas [Sérgio Toledo] está feliz [com a possível filiação de Bolsonaro]", diz Giacobo. "O partido, por unanimidade, repito, decidiu que, quando tiver esses problemas nos estados, o Valdemar terá a autonomia para agir", acrescenta.