O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, afirmou neste sábado que a atividade e gestão da Polícia Federal é de responsabilidade do ministro Sergio Moro, mas que o presidente Jair Bolsonaro acompanha o tema. Matéria publicada pelo jornal Folha de S.Paulo mostra que a indefinição sobre o futuro comando da PF tem gerado disputa interna e temor de paralisia de setores do órgão e de processos em andamento.
"A atividade relativa à Polícia Federal e à gestão da PF é de responsabilidade do ministro Sergio Moro. Naturalmente, o senhor presidente da República tem as suas percepções e acompanha... É parte da responsabilidade dos ministros a seleção dos seus quadros", disse Barros, em coletiva de imprensa nesta manhã, no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde Bolsonaro se recupera de uma cirurgia realizada no dia 8 para correção de uma hérnia incisional.
A crise na Polícia Federal teve início há um mês, quando Bolsonaro sinalizou que trocaria o superintendente do órgão no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi, por questões de "produtividade" e um "sentimento" para evitar problemas. Em um novo embate, o presidente afirmou ainda que o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, era subordinado a ele, e não a Sergio Moro, e que eventualmente poderia trocar o diretor.
