“Lava Jato mostrou o que o PT verdadeiramente é”, diz Sergio Moro
O ex-juiz e pré-candidato à Presidência Sergio Moro (Podemos).| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, rebateu as críticas recebidas do ex-juiz da Lava Jato e presidenciável Sergio Moro (Podemos). Na semana passada, Furtado pediu que a Corte de contas determine a indisponibilidade de bens do ex-juiz por suposta sonegação de impostos sobre os pagamentos recebidos da consultoria Alvarez & Marsal. "Se fazem tanto barulho é porque têm medo de que esteja no caminho certo. Ninguém pode ficar acima da lei", disse Furtado à coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles.

Moro reagiu ao pedido e disse que se tratava de "abuso de poder". O ex-ministro da Justiça afirmou ainda que pretende representar Furtado "nos órgãos competentes" e "promover ação de indenização por danos morais". No sábado (5), senadores do Podemos protocolaram na Procuradoria-Geral da República (PGR) uma representação contra o subprocurador-geral do MP de Contas.

"Sou doutor pela Universidade de Salamanca e pós-doutor pela Universidade de Coimbra. Todos os professores da banca criticaram os da Lava Jato porque prendiam indefinidamente para obter confissões ou novas delações. Até pouco tempo, torturava-se para obter exatamente o mesmo. Isso vale?", ressaltou Furtado.

A consultoria norte-americana Alvarez & Marsal, que contratou Moro entre 2020 e 2021, recebeu 78% de seus honorários para tratar da  recuperação judicial de empresas que foram alvo da Lava Jato. Moro nega qualquer irregularidade e alega que atuava na área de disputas e investigações sem relação com o setor de recuperação judicial.