Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, é um dos principais aliados do ministro Flávio Dino
Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, é um dos principais aliados do ministro Flávio Dino| Foto: Reprodução/Twitter

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, como interventor da segurança pública do Distrito Federal. De acordo com o decreto, a intervenção segue até o dia 31 de janeiro de 2023.

Ricardo Cappelli é jornalista, especializado em administração pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Também atuou como secretário nacional de Esporte Educacional e de Incentivo ao Esporte nos governos Lula e Dilma Rousseff.

"Estou em campo, andando no asfalto, comandando pessoalmente as forças de segurança, cumprindo a missão que recebi do presidente da República. Ninguém ficará impune. O Estado Democrático de Direito não será emparedado por criminosos", escreveu Capelli nas redes sociais.

Ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), ele foi secretário de Comunicação do Maranhão, onde se aproximou do ex-governador Flávio Dino (PSB), atual ministro da Justiça. No terceiro governo Lula, tornou-se o número dois da pasta da Justiça e é considerado braço direito de Dino.

No pronunciamento em que decretou a intervenção na área da segurança pública do DF, o presidente Lula disse que houve incompetência ou mesmo má-fé no combate aos atos de vandalismo, que resultaram na invasão e depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal neste domingo (8).

"Houve eu diria, incompetência, má vontade ou má-fé das pessoas que cuidam da segurança pública do DF. Não é a primeira vez. Vocês vão ver nas imagens que eles [policiais] estão guiando as pessoas na caminhada até a praça dos Três Poderes", disse o presidente.

Ainda de acordo com a avaliação do petista, os policiais do DF que foram coniventes com os atos de vandalismo serão punidos. "Esses policiais que participaram disso não poderão ficar impunes e não poderão participar da corporação porque não são de confiança da sociedade brasileira", completou Lula.