Luana Araújo, à esquerda, e Marcelo Queiroga, à direita.
Luana Araújo, à esquerda, e Marcelo Queiroga, à direita.| Foto: Tony Winston/Ministério da Saúde

Luana Araújo, médica infectologista anunciada, no último dia 12, como secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, deixou o cargo. A mudança foi confirmada pelo Ministério da Saúde neste sábado (22). Segundo informações de bastidores, Luana não teria aceitado "pressões" vindas do Palácio do Planalto, em especial "recomendações" acerca do chamado tratamento precoce.

Em nota enviada à imprensa, a Saúde afirmou que "busca por outro nome com perfil profissional semelhante: técnico e baseado em evidências científicas. A pasta agradece à profissional pelos serviços prestados e deseja sucesso na sua trajetória". O decreto que criou a secretaria foi publicado no dia 10 de maio. Dois dias depois, em evento em Brasília, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a médica como a chefe do órgão.

Após a confirmação do recuo de Luana, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), suplente da CPI da Covid-19, solicitou a convocação de médica "para que seja possível esclarecer as razões que a levaram a pedir exoneração do cargo de secretária de enfrentamento à Covid-19 no Ministério da Saúde após apenas uma semana de trabalho".

Luana Araújo é defensora da vacinação em massa, já declarou ser favorável a medidas restritivas e contra o "kit covid", mesmo para pacientes com sintomas leves. Ela já afirmou também que "todos os estudos sérios" demonstram a ineficácia da cloroquina e que a ivermectina é "fruto da arrogância brasileira" e "mal funciona para piolho".