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Um relatório do Tribunal de Contas da União elaborado para o acompanhamento das medidas adotadas pelo governo federal em decorrência da crise provocada pelo coronavírus aponta indícios de irregularidades no recadastramento de beneficiários para o recebimento do auxílio emergencial. Conforme o ministro do TCU Bruno Dantas, antes da pandemia o país tinha 1 milhão de CPFs além do número de habitantes do país, dígito que cresceu para 12,5 milhões após a pandemia. Conforme a base de dados da Receita Federal, foram emitidos 11 milhões de novos CPFs desde abril para permitir o pagamento do benefício temporário de R$ 600. Conforme reportagem do jornal Folha de S.Paulo, informações repassadas ao TCU pelo fisco dão conta de que no final de abril havia 223,8 milhões de CPFs regulares no país, contra a população estimada pelo IBGE em 211,4 milhões de pessoas pelo IBGE. Na avaliação do ministro da Corte, a diferença aponta grave irregularidade. Segundo o ministro Bruno Dantas, o Congresso e o ministério da Economia foram avisados sobre a inconsistência e a questão será tratada em processo específico. O acompanhamento do auxílio emergencial pelo TCU pretende identificar pagamentos indevidos, que caracterizariam dano aos cofres.
