O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso
O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, durante entrevista à imprensa, em novembro de 2020| Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, anunciou nesta quinta-feira (12) medidas para dar maior transparência ao sistema eletrônico de votação. Como adiantou a Gazeta do Povo, ele ampliou de 6 meses para um ano a disponibilização dos códigos-fonte das urnas eletrônicas para conferência por técnicos indicados pelos partidos.

Também vai criar uma comissão de observadores externos para acompanhar o passo-a-passo do preparo dos equipamentos e ainda vai estudar a possibilidade de ampliar o número de urnas que são submetidas, no dia da eleição, ao teste de integridade. Atualmente, cerca de 100 delas são retiradas na véspera das seções e levadas ao TRE para uma eleição simulada, onde os resultados da urna eletrônica são comparados a uma votação em papel nos mesmos candidatos.

Segundo ele, essas medidas serão implementadas "em respeito e consideração às pessoas que de boa-fé defendem a ideia do voto impresso e acreditavam que ele pudesse ser um mecanismo a mais de auditoria e segurança". Ele disse que a dúvida sobre o processo eleitoral foi "artificialmente instilada" na discussão sobre o voto impresso.

"Estamos aumentando ainda mais a transparência e publicizando os mecanismos de auditoria, e convidando os partidos e interessados a participarem de cada passo. Não vinham participando porque confiam, e agora deveriam participar simplesmente para eliminar a narrativa falsa e inveraz de que as coisas não são transparentes e íntegras. Para as pessoas de má-fé, não temos solução. Nós combatemos o ódio, a mentira, a desinformação e os ataques descontrolados, com amor ao Brasil, verdade, transparência, educação e respeito ao próximo. Porque esse é o país que nós queremos. E a gente na vida ensina sendo", disse.

Ele voltou a criticar a proposta do voto impresso, derrotada na última terça (10) na Câmara, com o argumento de que a contagem manual de cédulas impressas traria riscos de fraude na apuração do resultado, por meio da manipulação dos papéis, e possível desvio de urnas que seriam transportadas para os locais de armazenamento.