Lula Juscelino Filho
Ministro Juscelino Filho no dia da posse nas Comunicações.| Foto: Ricardo Stuckert/Palácio do Planalto

Embora não integre oficialmente a base do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o União Brasil deve votar a favor das propostas governistas que forem encaminhadas ao Congresso segundo disse o ministro Juscelino Filho, das Comunicações, nesta segunda (6).

A declaração foi dada pouco depois de uma reunião com o presidente em que precisou se explicar sobre as denúncias de uso irregular de voos da Força Aérea Brasileira (FAB) e diárias pagas pela União para compromissos pessoais em meio a oficiais. Lula decidiu mantê-lo no cargo.

A relação entre o União Brasil e o presidente estava estremecida após críticas da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, sobre as denúncias envolvendo Juscelino. Os líderes do partido no Congresso vieram a público, no fim de semana, rebater uma fala da petista de que o ministro deveria pedir afastamento do cargo.

No entanto, Juscelino diz que o partido “vai entregar os votos e o apoio da maioria das suas bancadas para o presidente, tanto na Câmara como no Senado Federal, como entregou na PEC da transição que possibilitou o governo de poder ter um plano arrojado de crescimento. A legislatura está apenas começando”.

“O União Brasil vai ser um grande parceiro ao lado do governo ajudando nas pautas importantes do país, como a reforma tributária”, disse em entrevista à CNN Brasil.

Além das Comunicações, o União Brasil tem, ainda, a titularidade do Ministério do Turismo, com Daniela Carneiro, e a indicação de Waldez Góes (PDT) para a Integração Nacional. Mesmo com essa presença na Esplanada e garantindo a base da terceira maior bancada na Câmara, Juscelino diz que a “independência” do partido é uma forma de se expressar.

“Isso vem desde o final do ano passado mesmo. O presidente do partido [Luciano Bivar] se colocou nessa posição, mas compôs o governo e hoje tem uma maioria dentro do partido que vai apoiar a base que vai dar sustentação e votar com as matérias do governo no Congresso”, reforçou.