Caminhoneiros: em que pé estão as negociações com o governo para evitar greve?
- [06/08/2019] [21:23]

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Com suas lideranças reunidas há duas semanas em Brasília, participando de uma série de reuniões com o Ministério da Infraestrutura, os caminhoneiros do Brasil estão mobilizados para uma nova paralisação da categoria, repetindo o movimento de maio de 2018. Nos encontros, eles conversam a respeito do estabelecimento de uma nova tabela de valores mínimos para o frete rodoviário, suspensa pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Mas o cancelamento de uma audiência prevista para esta terça-feira (6) acirrou os ânimos e os motoristas autônomos ameaçam parar caso uma solução não seja apresentada até sexta-feira (9).
“Estamos em Brasília desde semana passada aguardando uma resposta concreta e nada até o momento. A expectativa era de encerrar negociações até a última sexta. Tínhamos uma reunião pré-agendada para esta terça-feira, mas não recebemos nenhum comunicado marcando. Não temos mais o que falar para a nossa categoria. Pedimos para eles aguardarem essa negociação, para confiarem na palavra e no cronograma do governo. Mas não temos mais palavras para controlar a ânsia do nosso povo”, disse o caminhoneiro Plínio Dias, um dos líderes do movimento no Paraná, que está concentrado na Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, participando das negociações em Brasília.
Apesar de o movimento dos caminhoneiros ter apoiado a eleição de Jair Bolsonaro e contar com a simpatia do presidente, que até já interveio no preço do diesel estabelecido pela Petrobras para não desagradar o setor, o representante dos caminhoneiros afirma que a situação de momento é mais preocupante que a de maio do ano passado, quando os protestos fecharam estradas e causaram desabastecimento em diversas cidades do país.
“Os caminhoneiros já estão preocupados pois até agora, desde o final da paralisação de maio de 2018, nossas leis não são respeitadas e não tivemos nenhum avanço para categoria. A paralisação acabou com a edição da Lei dos Caminhoneiros, mas ela não está sendo aplicada. O frete está baixando e as transportadoras estão cortando os caminhoneiros que exigem seus direitos”, afirma.
O representante dos caminhoneiros afirmou que a definição de um valor mínimo de frete, seja por tabela ou por acordo coletivo (uma das propostas do governo federal), atenderia a 70% das reivindicações da categoria, que pede, ainda, a revisão das regras de cobrança de pedágio e a exigência do Código Identificador da Operação de Transportes (Ciot) para todos os transportadores.
Dias diz não ver necessidade de intervenção do governo no preço do diesel. “Se a lei funcionasse e tivesse fiscalização, não teríamos que nos preocupar com o preço do diesel, pois há um gatilho previsto na lei que prevê o aumento automático da tabela do frete caso o diesel suba a partir de 10% na bomba. O problema é que hoje o diesel sobe e o frete baixa”, diz.
Aguardando para serem recebidos nesta terça-feira pelo governo os representantes dos caminhoneiros receberam, apenas, um comunicado do Ministério da Infraestrutura dizendo que seguem as negociações com embarcadores (indústria e agronegócio), transportadores e autônomos e que o ministério aguardava posição da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Confederação Nacional do Transporte (CNT) para agendar novas reuniões.
“O MINFRA, assim que houver consenso para a formalização do texto do acordo em negociação, que atenda a todos os setores (embarcadores, transportadores e autônomos), convidará a todos os representantes para reunião conjunta com a finalidade de concluir e formalizar os termos de acordo”, diz o comunicado, informando que novas informações serão prestadas na quinta-feira (8).
A intenção do Ministério da Infraestrutura é que, ao invés de uma tabela do frete mínimo, cuja constitucionalidade é questionada no Supremo Tribunal Federal, que prevê julgar o caso em setembro, os agentes envolvidos no transporte de cargas cheguem a um valor mínimo para o frete através de acordo coletivo de trabalho.
Nesta terça-feira, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e outras 31 entidades do setor industrial apresentaram uma contraproposta sobre o tabelamento do frete. O setor propõe a transformação do piso mínimo do frete em tabela referencial e não impositiva como é hoje. Isso seria possível, diz a CNI em nota, a partir da construção de uma metodologia de cálculo que estabeleça parâmetros viáveis de negociação entre as partes para a definição do valor do frete.
As entidades também se comprometem, no documento, a estimular as contratações diretas entre embarcadores e caminhoneiros autônomos. "As entidades continuam acreditando que o melhor cenário é um entendimento direto entre produtores e transportadores por meio de mecanismos de mercado", afirma a CNI em nota. Para a CNI, o tabelamento prejudicou os caminhoneiros autônomos, as empresas industriais e, principalmente, os consumidores.
Comentários [ 22 ]
Renata
± 1 dias
Essa tabela de fretes não faz sentido pois o problema é excesso de oferta do modal, resultado de uma política populista de facilitar a compra de caminhões. O que alivia é que quem conduz a pasta de infra estrutura é um dos melhores ministros do governo.
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Lucas
± 1 dias
Se tivessem planejado lá atrás um modelo viário por trens de carga não estariam hoje na mão dessa categoria. Um trem com 1 (no máximo 2) condutores imagina quantos caminhões não precisariam estar nas estradas. Mas aí a gente vê esse ralo de dinheiro (fruto de corrupção) oriundos das empreiteiras (que fazem serviço porco nas estradas), concessionárias de pedágio (aqui no PR nem precisa falar nada), montadoras e você entende porque nunca investiram em ferrovias!!!
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ADERVAL C FORSTER
± 1 dias
Este imbroglio é mais uma conseqüência da estupidez da corja lulaláu/dilmente, insanidade que faliu o país. Petralhada distribuiu caminhões à bangú e agora não tem frete para todos. Tem que por na conta da quadrilha lulaláu, o maior rombo/roubo de todos os tempos
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Maquiavel
± 1 dias
Antes de fazer greve, deveriam verificar os freios e pneus carecas dos caminhões, deixar o rebite de lado e parar de assassinar famílias inteiras nas estradas com os malditos caminhões em alta velocidade e sem manutenção!
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Henrique Medeiros Duarte
± 1 dias
TEM QUE DESENVOLVER RAPIDAMENTE LINHAS FÉRREAS POR TODO O BRASIL.
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Lucas
± 1 dias
O problema disso é que não dá tanta margem pra lobby (leia corrupção). Sempre me perguntei por quê num país continental como o nosso não fizeram esse tipo de planejamento viário. Mas com tanto escândalo de empreiteiras, concessionárias de pedágio, montadoras já dá pra entender porque né?!
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Marcos Ctba
± 1 dias
A manifestação para educar caminhoneiros a respeitar as leis de transito e manter a mecânica em ordem para a segurança é muito valida . O resto fica para quando a economia melhorar .
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CARLOS FELIX
± 1 dias
Antes tínhamos táxis ; Hoje podemos optar pelo melhor preço e serviços nos aplicativos. Assim, a exemplo dos taxistas terão que se adequar as leis de mercado. Excesso de caminhões e redução de cargas. Se dependerem de tabelas, irão voltar a bater pneu. Governo, aprove essa tabela. transportadores, contratem os que forem de melhores preços. Ministro, acelere as ferrovias, com os trilhos, acaba essa situação, iniciada por FHC, ampliada por Lula e Dilma. FHC desmontou o sistema ferroviário. Lula e Dilma, arrombaram o BNDES, também para a farra do caminhão novo, que agora devolvem. Aplicativo para os caminhoneiros, é opção para transportadores e autônomos da estrada.
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L.S.W.
± 1 dias
A família Bolsonaro agradece a classe dos camionheiros pelo apoio..kkkkk taok
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L.S.W.
± 1 dias
Faz arminha.... coloca faixa no caminhão... eu apoio Bolsonaro.... parabéns ******s ajudaram a eleger esse ****** ... agora aguentem ..
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David Gaertner
± 1 dias
Caminhoneiros são o novo MST?
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André PC
± 1 dias
Sim.
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André PC
± 1 dias
Frente a isso se faz urgente a diversificação da logística de escoamento de cargas: ferrovias e sistema hidroviário. Enquanto não se tem concorrência há de se lidar com sindicalistas que gostam de uma só coisa: não trabalhar!
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STF
± 1 dias
É só baixar os impostos absurdos (federais e estaduais) que resolve o problema de todos e ajuda a economia a girar melhor, já que tudo depende de logística.
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André PC
± 1 dias
O problema aqui é o sindicalismo.
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JR
± 1 dias
Já são baixos para o diesel
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Flavio Teixeira
± 1 dias
Caminhoneiros (também conhecidos como chantagistas) estão preocupados... preparando um novo atentado. Espero que esse governo (populista como um bom petista) tenha um mínimo de reação e atitude para enfrentar essa quadrilha motorizada.
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CARLOS FELIX
± 1 dias
Vão sentir o peso da Bic. Apoio, não é liberar para a balburdia de irresponsáveis. Ainda temos 12 milhões de celetistas desempregados. Milhares, migraram para o empreendedorismo de pequenos negócios. É só diminuir o número de brutus nas estradas que o preço do frete se normaliza. Hoje tem mais brutus, do que cargas.
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DIMAS NASCIMENTO
± 1 dias
O autônomo pensa como assalariado antigo, mais proteção, menos carrega e menos preço. A extinção da carta frete para o autônomo provoca reações em embarcadores que hoje só carregam PJ. Quanto mais livre, melhor fica o negócio para autônomo. Difícil entender isto para quem nada entende de mercado e acredita em contos do vigário.
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CARLOS FELIX
± 1 dias
Contos de vigários e caminhões com juros de BNDES assaltado.
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Marcia
± 1 dias
“O frete está baixando.” Lei da oferta e procura. Uma parte desses caminhoneiros vai ter que desistir do negócio para que o preço do frete chegue a um valor que os contemple. E com o investimento em outros setores de transporte, como a rede ferroviária, a coisa deve piorar. Eles tem de aprender a se virar e não jogar os problemas nas costas da sociedade, como todo mundo faz hoje. Estão mal acostumados.
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Roberto Garcia
± 1 dias
As lideranças parecem ser totalmente ignorantes em entender como funciona a economia. Não entendem que num ambiente de desregulamentação e liberdade econômica a tabela é totalmente inócua. Deviam contratar profissionais capacitado para assessora-los.
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