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Carla Zambelli
Carla Zambelli seria ouvida nesta segunda (7) por relação com Walter Delgatti, hacker que invadiu sistema do judiciário em 2022.| Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A Polícia Federal adiou o depoimento da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) que estava marcado para a tarde desta segunda (7) após a defesa dela afirmar que não teve acesso aos autos da investigação. Segundo informou a assessoria do advogado Daniel Bialski à Gazeta do Povo, ainda não há uma nova data.

Carla Zambelli seria ouvida no inquérito que apura a relação dela com o hacker Walter Delgatti, preso na semana passada durante a Operação 3FA em que a deputada também foi alvo de mandados de busca e apreensão em endereços em Brasília e São Paulo.

Biaksi disse, na última sexta (4), que a deputada falaria à PF somente após ter acesso aos autos.

A parlamentar negou qualquer envolvimento no esquema e disse que a única relação que tinha com o hacker Walter Delgatti foi para a contratação de serviços de tecnologia para o seu site pessoal.

De acordo com as informações oficiais divulgadas pela Polícia Federal, a operação teve como objetivo de “esclarecer a atuação de indivíduos na invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP)”.

Segundo a investigação, os crimes teriam ocorrido entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando dados falsos teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil. “Onze alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes”, afirmou a autoridade.

As supostas inserções fraudulentas teriam ocorrido após uma invasão aos sistemas, com o uso de credenciais falsas obtidas de forma ilícita, “conduta mediante a qual o(s) criminoso(s) passaram a ter controle remoto dos sistemas”. Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.

Segundo as investigações da PF, Delgatti teria recebido R$ 13,5 mil da deputada para invadir os sistemas do CNJ, em transações financeiras por PIX feitas por dois assessores dela.

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