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A Frente Parlamentar do Livre Mercado (FPLM) inaugurou nesta terça-feira (8) a Casa da Liberdade, em um bairro nobre de Brasília, para promover o livre mercado, o empreendedorismo e as liberdades individuais. O evento reuniu parlamentares, os governadores Ronaldo Caiado (GO), Romeu Zema (MG) e Jorginho Melo (SC), além de empresários e executivos.
Na ocasião, os novos presidentes da FPLM, a deputada federal Caroline De Toni (PL-SC), e o senador Carlos Portinho (PL-RJ), tomaram posse para o biênio 2025-2026. A Gazeta do Povo acompanhou toda a solenidade.
Ao participar da abertura do evento, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) criticou o “retrocesso econômico com a nova realidade de imposição de tarifas” e ressaltou a importância de garantir a liberdade econômica no país, reduzindo as burocracias. “Nós estamos deixando de lado o livre mercado, multilateralismo, para retrocedermos e voltarmos para a política do bilateralismo e do protecionismo econômico”, disse.
Motta ainda acrescentou que a Câmara tem empenhado em aprovar projetos importantes para a economia e citou a reforma tributária, assim como o projeto da reciprocidade aprovado na última semana. Além disso, o deputado também ressaltou que a reforma administrativa deve ser prioritária para reduzir os gastos do Estado.
“Nesse momento de polarização, de enfrentamento, de incertezas, penso que cabe a quem tem o dever de conduzir a Câmara e o Congresso , serenidade e equilíbrio, para que encontremos em nossas divergências, aquilo que nos une”, concluiu o presidente.
Durante o discurso de posse, a deputada De Toni também criticou as burocracias e a dependência excessiva do Estado no Brasil. “Existe uma cultura enraizada de esperar quase tudo do Estado, o que nos torna um país rico com uma população empobrecida. Precisamos mudar essa mentalidade para emancipar a população brasileira”.
De acordo com a parlamentar, o país precisa mudar a sua carga tributária e fez um alerta direto ao governo do presidente Lula: “Trabalhamos cinco meses do ano só para pagar impostos. Temos que avisar ao atual ministro da Economia que não adianta criar mais tributos. Já temos impostos demais. O que precisamos é de gestão, contenção de gastos públicos e parar de atrapalhar quem quer empreender”, disse.
Em relação as prioridades da frente, a deputada citou que o foco “deve ser limitar o tamanho do Estado, diminuir os entraves, a burocracia e as regulamentações que sufocam o potencial do povo brasileiro”.
Pacote de Segurança Pública
Já o senador Carlos Portinho ressaltou que a Frente vai atuar fortemente em defesa da liberdade de expressão e da segurança pública. “Nós vamos defender a liberdade de expressão, a liberdade de mercado e o direito de viver de todos”, disse.
No evento, foi lançado um pacote de segurança pública proposto pela FPLM que visa combate organizações criminosas que impactam o sistema prisional brasileiro, impedir sua atuação em setores econômicos lícitos e garantir a ressocialização de ex-detentos. O pacote será apresentado como um projeto para ser pautado no Congresso Nacional e visa contrapor a PEC da Segurança Pública, com vários projetos que já tramitam tanto na Câmara como no Senado, e que podem ter uma tramitação mais acelerada.
”O projeto de segurança é um projeto de todos nós, brasileiros, e nossos governadores têm antecipado esforços com eficiência. Estamos em tratativas, em formatações, e já conversei com o senador Flávio Bolsonaro, presidente da Comissão de Segurança, para que possamos avançar num debate verdadeiro”, ressaltou Portinho.
Em seguida, o senador carioca criticou o projeto do governo federal por interferir na autonomia dos estados. “O governo apresentou uma PEC, mas não fez o que deveria. Não queremos que tomem para si o que os governadores já estão fazendo com compromisso e eficiência.








