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Crise no Congresso

Ciro Nogueira discute com Malafaia após ser chamado de “traidor” por não assinar impeachment de Moraes

Ciro Nogueira
Senador afirmou que não assinará pedido de impeachment de Moraes por não ter votos necessários para aprovação. (Foto: Andressa Anholete/Agência Senado)

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O senador Ciro Nogueira (PP-PI) bateu boca com o pastor Silas Malafaia após ser chamado de “traidor” por se recusar a assinar o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na última quarta (6). A recusa ocorreu em meio ao protesto de parlamentares da oposição contra a ordem do magistrado para prender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que terminou entre aquela noite e a manhã de quinta (7).

Malafaia atacou Nogueira afirmando que ele faz “joguinho político psicológico” para influenciar a decisão de outros senadores a não assinarem o pedido. O requerimento para o processo de impeachment de Moraes alcançou as 41 assinaturas necessárias.

“Pastor Silas, eu não me meto na sua igreja e se o senhor quiser ser senador e se candidatar e liderar o movimento político que quiser será muito bem-vindo. Aí então verá que, diferentemente da sua igreja, na democracia não é a vontade de um, mas da maioria”, disparou Ciro Nogueira em uma rede social no mesmo dia da crítica.

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Em resposta ao senador, Malafaia o chamou de “preconceituoso” contra um pastor e que ele seria um coronel do Nordeste “que não suposta a crítica e o contraditório”. Ainda classificou Ciro Nogueira como um “apoiador do ditador da toga”.

“Você acaba de dar a prova que além de ser preconceituoso contra um pastor , demonstra , equivocadamente , que a política é só para quem tem mandato político . O poder emana do povo ! A liberdade para falar de política é fundamento do estado democrático de direito”, disse chamando-o ainda de “camaleão oportunista”.

A conversa não teve novos desdobramentos após essa tréplica.

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Ciro Nogueira disse que não assinaria o requerimento de impeachment de Moraes por não ter a quantidade mínima de votos para ser aprovado (54 senadores), e que, mesmo protocolado, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), já anunciou que não pautará para análise do plenário.

“Sinceramente só entro em impeachment quando puder acontecer, como foi o caso da Dilma. O Congresso não tem 54 senadores para aprovar um impeachment”, disse a jornalistas.

De acordo com o ex-ministro, “mesmo que houvesse 80 assinaturas, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, não abriria o processo”. Sem o apoio do presidente do Senado, o andamento do impeachment é politicamente inviável.

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