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O governador fluminense Cláudio Castro (PL-RJ) criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ter fornecido suporte à realização do G20 no Rio de Janeiro, no final do ano passado, e não ser convidado para o evento.
Castro diz que Lula cometeu uma “indelicadeza”, e que foi o próprio presidente quem fez um “rompimento institucional” com o estado do Rio de Janeiro.
“Quem cometeu uma indelicadeza impar, até um rompimento institucional foi o governo federal quando não convidou o governador do estado para ir no G20 mesmo tendo pedido ajuda de R$ 40 milhões para o G20 Social, mesmo tendo cobrado, pedido ajuda na Segurança Pública. Quem cometeu uma indelicadeza, uma falta de educação e um rompimento institucional foi o governo federal para o governo do estado do Rio, não entendendo que o G20 era um lugar institucional”, disse Castro em entrevista ao site Metrópoles nesta quarta (12).
A crítica a Lula foi estendida ao ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, afirmando que “além de tudo uma falta de educação do chanceler, que aliás é fraquíssimo. A gente entende porque isso”.
Castro e Lula costumam trocar farpas e pouco aparecem no mesmo palco em eventos oficiais. Mais recentemente, o petista reclamou que o governador não compareceu à entrega da nova emergência do Hospital Federal de Bonsucesso.
“O governador foi convidado e não veio. Mas ele foi convidado. Não quero saber de que partido é o governador, de que religião ele é, qual time que ele torce. Quero saber que, bem ou mal, eles são eleitos pelo povo”, disse Lula na ocasião.
Apesar disso, Cláudio Castro diz que o papel de oposição deve ficar restrito ao Congresso, e que governador deve ter uma boa relação com o presidente.
“Os governos são obrigados a trabalhar juntos. É o que eu faço. Faço a crítica quando tem que ser feita, mas tudo o que o Lula quiser levar para o Rio de Janeiro, o Rio de Janeiro está de braços abertos, a gente nunca deixou de garantir nada”, completou.
Cláudio Castro é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e também se coloca como oposição ao prefeito Eduardo Paes (PSD), que constantemente aparece ao lado de Lula em eventos oficiais.
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