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Lula diz que contra-ataque de Israel ao Hamas é “igual ao terrorismo” e reforçou críticas às ações contra grupo.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que equipara o contra-ataque de Israel aos atos terroristas do Hamas na guerra, que já se prolonga para mais de um mês, foi considerada como “perigosa” pela Confederação Israelita do Brasil (Conib). A entidade da comunidade judaica brasileira repudiou a declaração dada pelo petista na segunda (13) e repetida nesta terça (14) durante a live semanal “Conversa com o Presidente”.

Lula condenou as ações de Israel contra o Hamas durante a cerimônia de sanção da atualização da Lei de Cotas, no Palácio do Planalto, e reforçou a posição na transmissão desta terça (14), em que também criticou a Organização das Nações Unidas (ONU), dizendo que ela “não vale mais nada em 2023”.

“Além de equivocadas e injustas, falas como essa do presidente da República são também perigosas. Estimulam entre seus muitos seguidores uma visão distorcida e radicalizada do conflito, no momento em que os próprios órgãos de segurança do governo brasileiro atuam com competência para prender rede terrorista que planejava atentados contra judeus no Brasil”, disse a Conib em uma nota (veja na íntegra).

A comunidade judaica representada pela entidade disse, ainda, que espera “equilíbrio das nossas autoridades” e uma “atuação serena que não importe ao Brasil o terrível conflito no Oriente Médio”. A crítica à declaração de Lula foi também uma resposta de que estaria atacando crianças e mulheres em Gaza sob o pretexto de buscar militantes do Hamas escondidos em hospitais do território.

Para a Conib, o Hamas utiliza os cidadãos palestinos como escudos humanos, em que “se esconde cínica e covardemente atrás das mulheres e crianças de Gaza”. “A morte desses civis palestinos é uma arma importante da estratégia do Hamas, uma estratégia que o próprio grupo terrorista reconhece que pratica”, completou a confederação.

Lula classificou o contra-ataque israelense como “igual ao terrorismo”, e que “pode ter o monstro lá dentro, eu não posso matar as crianças porque eu quero matar o monstro. Eu tenho que matar o monstro sem matar as crianças”.

Além da Conib, a organização StandWithUs Brasil, entidade ligada ao governo de Israel, também considerou as falas de Lula como “graves”, e que o presidente “ignora por completo o fato muito bem documentado e até mesmo reconhecido hoje pela União Europeia, de que o Hamas usa hospitais e crianças como escudos humanos”.

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