Os deputados federais e senadores se reúnem na quarta (26) para a primeira reunião conjunta do Congresso com a expectativa de instalar a CPMI que investiga os atos de 8 de janeiro, em Brasília. A reunião, que ocorreria na semana passada, foi suspensa por ordem do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que frustrou a primeira tentativa de leitura do requerimento da comissão.
A leitura do pedido da CPMI estava marcada para a última terça-feira (18), mas a sessão do Congresso acabou sendo adiada, o que gerou protestos de oposicionistas e até tentativa de obstrução de votações.
No entanto, após a divulgação das imagens que mostram a invasão ao Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, com a participação de agentes civis e militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) entre os manifestantes, a atitude mudou tanto por parte de Pacheco como do governo – que tentava desmobilizar a adesão ao requerimento.
“No dia 26 vai acontecer aquilo que deveria ter acontecido no dia 18, que é a leitura da CPMI. Eu nunca me furtei a isso em qualquer circunstância, seria esse mesmo o encaminhamento, da leitura da CPMI, considerando que ela preenche os requisitos”, disse o presidente do Senado, na última quinta (20).
O encaminhamento da CPMI passou a ser apoiado pelo governo na tentativa de contrastar as afirmações feitas pela oposição de que teria algum envolvimento na invasão às sedes dos Três Poderes. A demissão do então ministro do GSI, Marco Edson Gonçalves Dias, que era homem de confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), justificou os questionamentos feitos pelos parlamentares sobre a atuação no caso.
Além da leitura do requerimento da CPMI, a sessão conjunta do Congresso também vai analisar 25 vetos presidenciais parados desde 2021.
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