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Os Correios confirmaram nesta terça (13) que lançarão, em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), um selo em defesa da reforma agrária, mas ainda sem detalhar como será a arte e nem a data de início da circulação.
O lançamento foi noticiado mais cedo pela Folha de S. Paulo e confirmado à Gazeta do Povo pela estatal.
“Os Correios estão em tratativas iniciais com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) sobre a confecção do selo. A imagem da peça filatélica, bem como a data de lançamento, será divulgada em breve”, disse a estatal em nota.
O motivo da parceria e quanto a iniciativa custará também não foram informados. Segundo a apuração da Folha de S. Paulo, o selo será em comemoração aos 40 anos do MST, completados no ano passado.
A notícia do lançamento do selo ocorre dias depois de integrantes do movimento afirmarem que pedirão ao governo o aumento do orçamento para a reforma agrária, passando dos atuais R$ 400 milhões para R$ 1 bilhão. O pedido foi feito durante uma feira realizada pelo MST em São Paulo, no último final de semana.
“É necessário o aumento dos recursos para aquisição de terras e assentamento das famílias. A nossa demanda é de elevar esta verba, hoje de R$ 400 milhões no orçamento do governo federal, para R$ 1 bilhão”, disse Débora Nunes, da coordenação nacional do MST.
À Gazeta do Povo, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) não comentou sobre o pedido de aumento do orçamento, mas afirmou que o governo federal tem como meta, até o final deste ano, assentar 30 mil famílias (15 mil já foram assentadas) e, até o final de 2026, outras 30 mil.
O MST pede o assentamento prioritário de 65 mil famílias que diz estar há mais de 20 anos acampadas. Ao todo, afirma, são 120 mil famílias à espera de terras. A estimativa do movimento é de que, com R$ 100 milhões, em média 4 mil famílias podem ser assentadas.
