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Parlamentares governistas venceram uma votação na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para quebrar o sigilo fiscal do advogado Eli Cohen, que é considerado um dos primeiros denunciantes do escândalo de desvio de recursos dos aposentados do INSS. O requerimento foi considerado pela oposição como uma forma de intimidar o advogado.
Os parlamentares aprovaram um requerimento para que o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) forneça informações sobre movimentações financeiras de Eli Cohen entre os anos de 2015 e 2025. Ele foi um dos principais responsáveis por denunciar o esquema que desviou bilhões das contas de aposentados. Os senadores Rogério Marinho (PL-RN) e Sérgio Moro (União-PR) afirmaram que o requerimento é uma intimidação por parte da base de apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O requerimento foi proposto pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) usando como argumento uma coluna do jornal O Globo que afirmou que Cohen teria recebido treinamento de mídia supostamente fornecido pelo PL para participar de uma sessão da CPMI.
Na mesma sessão, na manhã desta quinta-feira (16), a maioria governista também impediu a convocação de uma ex-publicitária do PT. Ela está sendo investigada por receber R$ 5 milhões de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, considerado o principal operador do esquema. A ex-publicitária trabalhou na campanha de Dilma Roussef até 2015. Ela teria recebido o dinheiro suspeito do esquema do INSS entre 2023 e 2025.
