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Presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, no Roda Viva da TV Cultura
Presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, no Roda Viva da TV Cultura| Foto: Reprodução/ TV Cultura

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, já é visto dentro do Palácio do Planalto como um dos nomes que devem despontar como favorito para a próxima vaga que abrirá no Supremo Tribunal Federal (STF) em outubro, com a aposentadoria da ministra Rosa Weber.

Dantas é visto por petistas como um nome que ganhou projeção principalmente pela sua atuação contra o governo de Jair Bolsonaro (PL). No final do ano passado, ele aproveitou a cerimônia de posse no TCU para criticar indiretamente a gestão do então presidente. Sem citar Bolsonaro, o jurista afirmou que nos últimos anos o país viveu um “verdadeiro retrocesso civilizatório”.

Dantas também é um crítico da operação Lava Jato. Disse recentemente que a extinta força-tarefa "ampliou exageradamente" seu escopo de atuação, criando uma "criminalização generalizada" contra os políticos. No ano passado, ele votou para condenar o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) a ressarcir os cofres públicos em R$ 2,8 milhões por passagens e diárias, supostamente irregulares, pagas a membros da força-tarefa que não eram de Curitiba, durante as investigações da operação. Posteriormente, o acórdão do TCU foi derrubado pela justiça do Paraná. Dallagnol não era o responsável pela liberação do pagamento de diárias e passagens e também não recebeu o benefício.

Ainda de acordo com lideranças petistas, o presidente do TCU tem perfil garantista, uma das características que agradam ao Planalto. Assim como Zanin, Dantas atende ao critério da idade, pois tem 45 anos e poderia ficar até 30 anos no STF.

Além da simpatia de algumas alas do PT, Dantas conta com o entusiasmo de diversos senadores, entre eles Renan Calheiros (MDB-AL). Ele atuou como consultor-geral do Senado entre os anos de 2007 e 2011, período em que criou proximidade com Calheiros e outros caciques do MDB. A relação lhe garantiu a indicação para o TCU na vaga destinada ao Senado, em 2014. Seu nome foi aprovado no plenário por 47 votos entre os 60 senadores que estavam presentes na sessão.

Em abril, durante o lançamento do processo de elaboração do Conselho de Participação Social em Brasília, Lula fez questão de citar a presença de Dantas e exaltar o “trabalho excepcional” da Corte comandada por ele. "Tem aqui na nossa mesa um companheiro que é especial, que é o companheiro Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União. O tribunal tem tido um trabalho excepcional", disse o petista.

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