O novo decreto de armas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode prejudicar campeonatos de tiro esportivo no país. É o que afirma o presidente da Confederação Brasileira de Tiro Prático (CBTP), Hwaskar Fagundes. O texto assinado pelo petista em 21 de julho impõe uma série de restrições aos atletas de tiro, seja esportivo.
“O decreto está afetando o esporte. Dependendo da regulamentação que vier, ele pode paralisar em definitivo o campeonato brasileiro.”, disse Fagundes. Ele acrescenta que a normativa traz insegurança jurídica aos atletas que querem competir.
“Hoje temos uma série de inseguranças jurídicas. Quer dizer, o atleta realizou todo o procedimento correto, legal, e hoje não temos uma orientação se o que estava antes do decreto está valendo ou não. Por enquanto, as Guias de Tráfego estão valendo e acordo de cooperação será feito entre o Exército e Polícia Federal. No entanto, gera uma insegurança muito grande porque se as guias foram viabilizadas como Guia de Trânsito, com período pré-definido, nós teremos que tirar Guia de Tráfego para cada evento e vai gerar um ônus muito grande", alerta Hwaskar.
Apesar de afirmar entender a regulamentação feita pelo governo, o presidente da Confederação Brasileira de Tiro Prático salienta que o esporte é anterior aos debates políticos sobre o armamento.
“A gente entende que o governo precisa regulamentar e concordamos que precisa haver limitações. Não somos contra, mesmo porque o esporte existe há mais de 30 anos. Ele não nasceu no governo Bolsonaro. Sempre convivemos muito bem com todas as regras. Claro, regras viáveis”, pontuou.
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